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Enviada em: 08/06/2019

No período anterior à revolução industrial, populações inteiras foram dizimadas por epidemias. Tal quadro de mortes teve, no entanto, quedas significativas em decorrência das transformações médico-sanitárias alcançadas ao longo dos anos. Contudo, a sociedade do século XXI é de novo palco atual de diversas epidemias, seja pela ineficiência estatal no combate das mesmas, seja pela falta de mobilização coletiva em prol do bem-estar social. Logo, é de extrema importância que medidas sejam tomadas sob pena de prejuízo a toda sociedade.          É relevante enfatizar, a princípio, que a negligência do Estado se coloca como desafio à resolução do problema. Isso porque, ao não aumentar a fiscalização sanitária nas cidades, este acaba corroborando para manutenção de um ambiente propício à proliferação de doenças. Tal cenário, de inoperância estatal, se configuraria no que Pierre Bourdieu chamou de "violência simbólica", visto que desmantela o corpo social ferindo-o em suas estruturas. Desse modo, torna-se imprescindível que tal inércia institucional seja corrigida.          Outro ponto relevante, nessa temática, é a falta de conhecimento. Schopenhauer defendia que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: as pessoas não têm acesso à informação séria sobre os danos decorrentes do crescimento de epidemias e de como a participação de cada um na etapa de prevenção das mesmas é importante. Dessa maneira, é essencial que tais informações sejam de fato difundidas.          Torna-se imperativo, portanto, desenvolver caminhos que ajam sobre o problema. Para que isso ocorra, o Estado, juntamente com o aparelho midiático e ancorado nas ações das prefeituras nos municípios, deve promover campanhas informativas e reuniões em grupos na comunidade com a participação de profissionais da saúde que relatem o perigo da proliferação de epidemias e instruam os indivíduos na prevenção efetiva das mesmas; caminhando-se assim para a homeostase social e salvaguardando a todos o direito à saúde previsto pela constituição cidadã.