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Enviada em: 09/06/2019

Na pós modernidade, a saúde pública brasileira sofre enormes dificuldades e desafios, não somente pela falta de investimento por parte do Governo ou por falhas nas políticas públicas, mas também por conta do reaparecimento de doenças consideradas erradicadas, em forma de epidemias. Tais doenças são infecciosas e transmissíveis, quando um surto delas ocorre em diversas regiões, caracteriza-se uma epidemia. É notório que o negligenciamento do Governo, no que tange as melhorias no sistema de saúde e das medidas profiláticas contra os agentes etiológicos e vetores, favorecem à situação e caracterizam um sério problema que deve ser solucionado.   Em primeiro plano, verifica-se que a falta de informação da população sobre as doenças e seus perigos, a ocupação desordenada de centros urbanos, os maus hábitos da sociedade, a carência de recursos e as péssimas condições de hospitais e Unidades Básicas de Saúde, são fatores que sustentam o problema. Um processo que evidenciou-se com os altos índices da ocorrência de doenças que já haviam sido extinguidas, ocasionando surtos e epidemias no país. Sob esse viés, dados divulgados pela revista Veja, afirmam que, em 2019, os casos de dengue no Brasil aumentarem em 149%, alertando que a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor anteriormente eliminado,  é necessária e afeta grande parte do país.   Concomitante a isso, quando o filósofo George Santayana afirma que aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo, pode-se relembrar da epidemia de Peste Negra, que ocorreu na Europa medieval e levou ao óbito um terço de sua população, por conta da falta de higiene e saneamento das cidades, salientando, então, que as epidemias devem ser combatidas, tomando medidas preventivas para evitar a propagação de doenças que podem se alastrar de maneira prejudicial e que disseminem grande parte da sociedade pela falta de qualidade da saúde pública oferecida.    Diante dessa problemática, fica claro que as epidemias são problemas graves enfrentados pela saúde pública e que devem ser solucionados. Desse modo, o Ministério Público Federal junto ao Ministério da Saúde devem realizar projetos de estruturação dos centros urbanos, para evitar a proliferação de vetores, e promover palestras e campanhas sobre as doenças, seus transmissores e medidas profiláticas, a fim de que a população tenha o conhecimento sobre os malefícios que epidemias podem causar. Em paralelo, o Governo deve aumentar os investimentos no sistema de saúde e em pesquisas para a descoberta de vacinas e recursos melhores para a diminuição dos índices epidêmicos.