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Enviada em: 09/06/2019

No filme "Eu sou a lenda", uma cidade norte-americana é atingida por uma epidemia que causa danos a toda a população, e o único imune é o tenente Robert Neville, o qual salva os atingidos. Também o Brasil vive alguns surtos e registra diversas ocorrências de doenças que precisam e podem ser erradicadas, ou, pelo menos, reduzidas, tais como a febre amarela e a dengue. E este é um problema causado por diversos fatores, dentre eles, a ausência parcial de saneamento básico e pouca colaboração social.        Acerca do saneamento básico, justifica-se pelo fato de que certos parasitas e vermes encontram em lixos a céu aberto ou água contaminada um local ideal para seu nicho ecológico, e através do contato que o ser humano tem com esses lugares, adquire a doença. Os brasileiros mais vulneráveis a estas periculosidades são os moradores da região Norte, visto que, segundo dados do "Trata Brasil", apenas 10,24% deles possui coleta de esgoto, e 22,58% tem tratamento do mesmo, revelando, portanto, um descaso para com os cidadãos, um desrespeito à natureza e à Constituição, a qual garante os serviços baseados nas diretrizes da  Lei nº 11.445/07 que determina o que é saneamento básico.       Além do mais, há muitas pessoas que não se comprometem em tomar medidas preventivas, quando não se queixam do Estado enviar agentes para verificação de quintais, por exemplo, o que apenas colabora para a perpetuação da problemática - como consequência, temos dados como "35 mortes por dengue em São Paulo" (fonte: Estadão). Exemplo da irresponsabilidade vinda de uma parte da população foi o insucesso no ano de 2019 com as vacinas contra a gripe: apenas 2 estados no Brasil conseguiram atingir a meta no prazo estipulado, Amazonas e Amapá. Sem contar que 76% dos criadouros de mosquito no Nordeste estão em armazenamentos de água, mais de 50% no lixo no Centro-Oeste e Sul, e o mesmo número para depósitos domiciliares no Sudeste.        Desta forma, fica evidente que medidas são precisas para melhorar a situação precária do Brasil. Cabe ao Governo Federal, em especial o Superministério do Desenvolvimento Regional, fazer um planejamento, identificar pontos mais críticos e investir em Saneamento Básico, dando acesso a água potável, esgoto encanado e tratado, lixo recolhido com descarte adequados e outras medidas necessárias para o cumprimento da Lei. Além do mais, a mídia, em parceria com o Ministério da Saúde, deve promover campanhas que sensibilizem a população, de forma a assegurar que todos estejam a par de atitudes devidamente conscientes, bem como campanhas de vacinação. Com isso, é possível que a sociedade brasileira lide melhor com o problema e atenue suas consequências, de forma a realmente seguir rumo ao progresso, evitando um sofrimento tal qual de Robert para reverter o quadro.