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Enviada em: 26/03/2017

Sabe-se que a década de 1970 deu início ao movimento que ficou conhecido como Revolução Sanitária, no entanto, seus ideias defendiam a saúde como um direito universal. Nesse contexto, foi criado o Sistema Único de Saúde para suprir às necessidades da população. Contudo, evidencia-se uma problemática nesse sistema, onde as unidades básicas de atendimento não conseguem dar conta de atender toda a demanda e acabam sobrecarregando as unidades mais complexas. Isso ocorre não só por uma falha no saneamento básico, mas também devido a seca enfrentada por algumas regiões.  Observa-se que as epidemias no Brasil são agravadas pelo congestionamento do Sistema Único de Saúde. De fato, as autoridades voltam sua atenção e recursos para o tratamento da doença, deixando de lado sua causa e contribuindo para o surgimento de epidemias. Portanto, a falta de saneamento básico em algumas regiões do Brasil, por exemplo, contribui drasticamente para disseminar algumas doenças por todo país. Exemplo disso é o aumento no percentual de casos de microcefalia, uma anomalia que pesquisadores acreditam estar relacionada também ao mosquito transmissor da dengue. Nota-se a coerência dos fatos devido ao aumento da proliferação desses mosquitos na região onde houve maior número de casos da doença. Como consequência disso, tem-se a dificuldade de controlar tais problemas de saúde no território brasileiro, e a facilidade de encontrar novas epidemias no futuro.  Outro fato que contribui para aumentar as epidemias no Brasil, é o período de seca enfrentado por algumas regiões. Com efeito, a necessidade de armazenar água de para sobrevivência e a falta de compromisso da população com o meio ambiente, faz com que as pessoas armazenem a água de forma incorreta, contribuindo para intensificar a reprodução de mosquitos causadores de doenças como a dengue. É o que pôde ser observado no ano de 2015 na região sudeste do Brasil, na qual passou um longo período na ausência de chuva e consequentemente apresentou uma elevada taxa de casos notificados de dengue em relação as outras regiões. Tudo isso acarreta o aparecimento novamente de epidemias já ocorridas no país, que poderá vir a surgir caso não seja tomada medidas necessárias de precaução da doença.  Diante dos fatos mencionados, nota-se que o Brasil não deve tentar controlar o problema das epidemias depois de seu surgimento, e sim promover meios para combater essas doenças antes de sua manifestação. Sendo assim, faz-se necessária a atuação da Organização Mundial de Saúde para realizar campanhas e debates a fim de mostrar para a sociedade seu papel no controle de epidemias, como por exemplo, o simples ato de não acumular água parada. Além disso, cabe a ela cobrar dos Estados o saneamento básico destribuído de forma igualitária para toda a população.