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Enviada em: 14/05/2017

"Moro num país tropical", clássica frase da música de Jorge Ben Jor, revela a principal característica geoclimática do Brasil, a qual gerencia singularmente a difusão de epidemias no país. Adentrando nesse cenário, soma-se à propensão tropical a morosidade governamental para implementação de graves patologias na lógica nacional. Por conta disso, verifica-se recorrentes crises na saúde pública, cabendo analisar o melhor mecanismo para sanar tal espectro.  Sob a perspectiva histórica observa-se no século XX construções citadinas precárias condizentes ao alastramento de vetores e microbiotas patogênicos, pela ausência de saneamento básico e higiene. Na via ao encontro de erradicar tal conjuntura epidêmica, Oswaldo Cruz implementou a vacinação obrigatória que, em 1904, compeliu a Revolta da Vacina em decorrência da posição governamental violenta para concretização dessa medida.   A grande afirmação a partir do evento retratado é a imaturidade da saúde pública brasileira, a qual se estruturou recentemente com a criação do SUS. Não se pode negar que, após esse fato o Brasil passou por inúmeras situações de risco, exemplificadas pela disseminação da microcefalia resultante do vírus da Zika  e, de acordo com dados do Ministério da Saúde, notificação de 1,6 milhão de casos de dengue em 2015. Ademais, é relevante ressaltar que essas informações tornam-se ainda mais preocupantes frente a superlotação dos hospitais e a ínfima acessibilidades aos médicos no Brasil.  Derivada da abordagem explícita infere-se a consumação das epidemias brasileiras como fatos sociais de Durkheim, já que apresentam-se como aspectos comuns a sociedade, além de exercerem coerção social. Esta, por sua vez, vê-se atrofiada decorrente da postura política negligente e ineficaz, a citar da baixa informatividade popular acerca da prevenção e cura de doenças. Consequente a esse panorama averigua-se a infusão de normas comportamentais aos indivíduos inviáveis a contenção de males, como a dengue, a qual aliada ao aspecto pluviométrico nacional que propicia perpetuação do seu vetor, é notória a sua reincidência devido falha na atuação civil e estatal.    Em virtude da investigação proposta evidencia-se a imprescindibilidade da tomada de ações ambicionando findar a dominação epidêmica no Brasil. Alinhado a tal intento cabe ao Estado ampliar a rede de saneamento, bem como reestruturar a disposição de hospitais e médicos, a fim de erradicar doenças por medidas preventivas e elevar as possibilidades de tratamento, respectivamente. As instituições sociais, como mídia e escola, devem induzir comportamentos de higiene pessoal e do ambiente de vivência, visando criar no brasileiro zelo à saúde. Aos órgãos de saúde responsáveis compete dar ciência acerca das epidemias brasileira, elevando feitos de prevenção e cura.