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Enviada em: 30/06/2017

Em nosso país, há tempos, observa-se a luta contra as epidemias. Mesmo que a Constituição de 1988, procure garantir o acesso à saúde a todos brasileiros, as fissuras são visíveis e as doenças são frequentes, herança da colonização do Brasil. Nessa época, com os intensos fluxos migratórios, os imigrantes traziam consigo diversas enfermidades e ainda se deparavam com as condições de clima e ambiente diferentes de onde vieram. Isso propiciou o desenvolvimento das epidemias, visto que, o povo sofria com a baixa resistência imunológica e com a inexistência de programas de saúde. Sua compreensão, no entanto, está atrelada a fatores comportamentais e ambientais.       Em primeiro lugar, a questão do comportamento afeta a forma que a sociedade lida com as epidemias. Assim como ocorreu com a Peste Negra no século XIV, que matou um terço da população europeia, o otimismo patológico é coeficiente que agrava a mortandade. Muitos ainda possuem a visão religiosa de que doença é análoga a um castigo perante o pecado, o que justifica atitudes como: achar que nunca iram ficar doentes e que as medidas que evitam a proliferação de mosquitos transmissores são uma falácia. Além disso, o sedentarismo, a má alimentação e a rotina incessante nos centros urbanos, origina na maioria das pessoas um sistema imunológico enfraquecido como consequência.       Outrossim, as epidemias é um efeito da crise ambiental vivenciada pelo mundo. Essa crise é o resultado de uma soma, na qual a primeira parcela é a destruição dos ecossistemas, como o desastre da barragem de Mariana ocorrido em 2015 por exemplo, somada a segunda que é a industrialização. O crescimento das indústrias iniciou tardiamente no Brasil, o que motivou uma urbanização mal planejada e desenfreada. Agora, as grandes cidades possuem rios maltratados, falta de saneamento básico, descarte inadequado do lixo e cidadãos segregados que ocupam áreas inóspitas. Por conseguinte, esse cenário, marcado pela instabilidade climática, gera micro-organismos patogênicos e vetores cada vez mais resistentes, e o ambiente urbano gera humanos cada vez mais frágeis.       Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas, ideológicas e as interferências do homem no meio em que vive, dificultam a batalha contra as epidemias. Para que isso seja possível, é necessário que as escolas em conjunto com a comunidade potencializem as campanhas que possuem como finalidade orientar os indivíduos acerca dos perigos e das formas de combate à Dengue, Chikungunya e Zika, principalmente. Ainda mais, realizar ações comunitárias promovendo uma forma mais saudável de vida. Ademais, através do voto esclarecido, os brasileiros podem e devem eleger representantes realmente engajados com a causa ambiental, com intuito de amenizar a depredação do meio ambiente. De acordo com Mahatma Gandhi, “o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.”