Materiais:
Enviada em: 22/07/2017

A epidemiologia do descaso    No período colonial, milhares de pessoas morreram por diversas epidemias no Brasil. Com o passar dos séculos, foram criadas vacinas e outras medidas profiláticas contra essas doenças, incluindo unidades de saúde que fazem a prevenção delas. Entretanto, nos últimos anos, o número de surtos de doenças como a dengue e a zika cresceram vertiginosamente. Isso ocorre, devido à postura da população perante as medidas preventivas e a má gestão da saúde pública por parte do Governo.    Primeiramente, destaca-se o papel social do cidadão como forma de lidar com o problema. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar de uma sociedade. Analogamente, percebe-se a postura do brasileiro perante a prevenção de epidemias, como a dengue, sendo de total inércia, por não achar que uma pequena ação vá fazer a diferença e constituindo assim um fato social, por transmitir esse pensamento de pessoa para pessoa. Assim, a falta de ação no combate as epidemias torna o desafio da saúde pública em elimina-las, maior.    Outrossim, o Governo é também um dos grandes responsáveis pela ineficácia em lidar com epidemiologias no Brasil. Para Aristóteles, a política deve ser usada de forma que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Nesse contexto, nota-se como a má gestão, principalmente do SUS, agrava os casos por não tratar e prevenir corretamente as sequelas e sintomas das doenças epidêmicas, causando assim um rompimento no equilíbrio proposto pelo filósofo. Desse modo, reforça-se a necessidade de maior presença do Governo como forma de combate à problemática.    Entende-se, portanto, que as posturas sociais e política representam um desafio na saúde pública no que diz respeito ao tratamento e prevenção de epidemias. Para atenuar o problema, é preciso que o Governo Estadual invista em maior e melhor organização e gestão do SUS, com fiscalização constante do funcionamento dessas unidades, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras incentivando a população a ser mais proativa, mostrando os efeitos benéficos e de suma importância dessa ação. Dessa forma, as epidemias serão um desafio ultrapassado e o equilíbrio proposto por Aristóteles será, enfim, restaurado.