Enviada em: 30/08/2017

Um dos grandes desafios na saúde pública está ligada ao questionamento de como lidar com epidemias no Brasil. O principal caminho para combater esse problema apresenta bases na comunidade e nas suas ações cotidianas. O assunto epidemias assombra nosso país há tempos, e um dos mais célebres acontecimentos data do período da República Velha, e ficou conhecido como a "Revolta da Vacina". Esse movimento foi em prol do combate a varíola, por meio da vacinação obrigatória. Diante do exposto destacam-se duas vertentes notórias: o desenvolvimento urbano e o pensamento do cidadão.   O desenvolvimento urbano do Brasil ocorreu de forma acelerada e sem grandes planejamentos, características de países emergentes. Entretanto, esse modelo desenvolvimentista acarretou o aumento do desafio na saúde pública no que diz respeito a maneira de lidar com as epidemias. O movimento migratório do centro das cidades para o alto dos morros, tomando forma, corpo e se concretizando como o processo de favelização pode ser visto como atuante a favor da proliferação de epidemias. A falta de saneamento básico impõe aos cidadãos o convívio diário com o esgoto e animais vetores de doenças. A proliferação de ratos e baratas nessas áreas são grandes causadoras de problemas de saúde para a população local.       No mesmo viés se destaca o pensamento do cidadão como um desafio na saúde pública no Brasil. As epidemias enlaçadas ao seu combate se assemelham a um iceberg, em que a parte submersa permite  apenas a visualização da disseminação de doenças. Entretanto, a parte imersa é a mais preocupante e causadora de problemas, uma vez que não se encontra visível para os cidadãos. Atitudes de descartar tampas de garrafas e pneus sem preocupação, baseado em um pensamento de intocabilidade integram a parte imersa do iceberg. A constante consideração do deslocamento de responsabilidades sociais dificulta o combate as epidemias. O surto de dengue no bairro não é culpa exclusiva do vizinho que colocou água no pratinho da planta, a autoria é de todos os cidadãos, uma vez que a preocupação com o bem estar social engloba toda a comunidade.       Perante o exposto, está explícito os desafios da saúde pública no Brasil, principalmente no que diz respeito à maneira de lidar com as epidemias. Diante dessa realidade,é importante que a população se mobilize para tentar diminuir esses impactos e incidências. A criação de uma patrulha do bairro pode ser uma ação significativa, em que cada cidadão fica responsável por fiscalizar e advertir acerca de atitudes prejudiciais. Há a necessidade da formação de grupos para debater as maneiras possíveis para combater os meios de proliferação de epidemias, seja através de medidas cidadãs ou em conjunto com órgão públicos capazes de trazer melhorias estruturais para a comunidade.