Materiais:
Enviada em: 13/08/2017

Zika. Dengue. Febre Amarela. De fato, o Brasil possui inúmeras doenças que afligem rotineiramente a população. Nesse contexto, é imprescindível tanto o zelo governamental no combate dessas patologias, quanto na garantia de assistência médico-hospitalar ao corpo social. Entretanto,em nosso país ,a respeito dessa problemática, existem entraves estruturais que precisam ser repensados.    Primeiramente, deve-se pontuar a má administração estatal. Aristóteles, filosofo grego, define que um bom governante é aquele que sobrepõe interesses públicos aos, privados. Contudo, ao contrário do que preconiza o autor, o que é observado, por vezes, em nosso território são políticos envolvidos em grandes esquemas de corrupção e desvios de verba. Nessa perspectiva, a infraestrutura da saúde pública é gravemente avariada, visto o grande déficit não só no repasse de recursos, mas também na manutenção desse direito social. O resultado, em muitos casos, são hospitais sem aparatos básicos, tais quais equipamentos, médicos e remédios, culminando num estado de carência no atendimento a população, sendo o efeito das epidemias potencializado, agravando seu dano ao corpo social.    Ademais, é preciso destacar rombos em nossa estrutura científica. Auguste Comte, pensador francês, descreve a relação direta entre o desenvolvimento tecnológico e o bem-estar social de um país. Todavia, diferentemente da visão do intelectual, o Brasil, muitas vezes, negligencia a gestão e capitação de investimentos para criação de técnopolos e modernização das universidades. Assim, pesquisas que poderiam traduzir-se em métodos inovadores de prevenção, vacinas e medicamentos mais eficientes frente endemias de nosso território,são possibilidades perdidas em meio ao descaso dos governantes com a produção de conhecimento brasileira.       A nação, portanto, vive um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a ação do Ministério da Saúde junto ao pode judiciário. Desse modo, com a criação de comissões que visem não só punir casos de corrupção, mas também fiscalizar a administração e repasse de verbas dados aos hospitais e clínicas populares, a fim de maximizar a qualidade do serviço e especialização do tratamento frente a doenças epidêmicas, tais quais dengue e chikungunya. Também é necessária a atuação do Ministério da Educação junto a Unicef. Este com a capitação de investimentos, estatais e privados, e esse com a gestão e destinação dos recursos para as faculdades e centros de pesquisa, no intuito de alavancar a produção científica nacional, dessa maneira, propiciando ambiente fértil para inovação e criação e medidas profiláticas que objetivem melhor proteger a população perante essas patologias. Talvez, assim, o desafio de lidar com epidemias seja remediado em nosso país.