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Enviada em: 16/08/2017

Brasil: país do futuro          Stefan Zweig, ao se refugiar no Brasil para fugir do Nazismo europeu, ficou impressionado com o potencial da nova casa e escreveu um livro cujo título é, até hoje, repetido:"Brasil, país do futuro". No entanto, quando se observa que a questão da saúde pública ainda é desvalorizada, percebe-se que a profecia não se cumpriu. Com isso, faz-se necessário pautar os problemas para que se encontre soluções.           Em primeiro plano, é indubitável que fatores históricos estão entre as causas do problema. Durante o século XX, devido à modernização técnica do campo e da estrutura fundiária concentradora, a crescente indústria brasileira se transformou em um atrativo para milhares que buscavam uma vida melhor, fomentando um processo de urbanização desenfreado e desorganizado. Desse modo, não houve a promoção, em larga escala, de uma infraestrutura sanitária, que, em conjunto com a desinformação populacional, torna áreas marginalizadas em espaços suscetíveis à proliferação descontrolada de doenças.              Outrossim, destaca-se a evolução das espécies como impulsionadora de epidemias periódicas. De acordo com Charles Darwin, por meio da Teoria da seleção natural, os indivíduos cuja mutação genética melhor se adapte às condições oferecidas pelo meio, tendem a se perpetuar, podendo originar novos tipos de agentes etiológicos e/ou de vetores Assim, explica-se o surgimento ocasional de agentes infecciosos resistentes a medicamentos e medidas profiláticas já concretizadas.               Torna-se perceptível, por conseguinte, que surtos epidêmicos são fruto da desigualdade socioeconômica presente no país e das consequências do nerdarwinismo. Logo, para modificar esse cenário, o Governo Federal, aliado à esfera municipal do poder, deve buscar melhores políticas de desenvolvimento de cidades, com a promoção de saneamento básico, campanhas de vacinação e anúncios detalhados de profilaxias, com o objetivo de prevenir e combater doenças sanitárias. Ademais, o investimento em pesquisas epidemiológicas, por parte de universidades e centros de tecnologia, é fundamental, para manter a medicina atualizada sobre possíveis mutações genéticas, visando ao rápido controle em situações de generalização de enfermidades. Dessa forma, quem sabe, a profecia de Zweig se torne realidade.