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Enviada em: 25/08/2017

Livres, até quando?       Após 113 anos da Revolta da Vacina, falar sobre doenças e prevenção se tornou mais fácil, graças a uma forma menos agressiva: a conscientização. Devido a proliferação da febre amarela, no séc XX, o governo federal impôs severas medidas para combatê-la. Chegou-se a pensar que estava erradicada, mas no século seguinte a epidemia se alastrou, com novas faces e consequências cruéis.       Como se não bastasse, o mosquito Aedes aegypti além de transmitir a febre amarela, é o vetor de outras três doenças: zika, dengue e chikungunya. Somente em 2016, foram confirmados 1,9 milhão de casos, dados do Ministério da Saúde. Paralelamente, mesmo que os índices de casos da epidemia do século XX ainda sejam baixos, pode-se averiguar um retrocesso no campo da saúde, com epidemias descontroladas ao longo dos anos 2013 a 2016. Entretanto, em 2017, houve uma efetiva melhora nos números, com aproximadamente 90% de queda nos índices de infectados, justificados por melhorias na informação, conscientização e no clima.       Consequentemente, essa redução só foi possível pelas campanhas de alerta a população, manchetes assustadoras dos telejornais e indubitavelmente, a redução de chuvas. Em contraposição a esses dados, a população e os governos são, de certa forma, responsáveis pela volta das epidemias. Em adição a isso, passado algum tempo do descontrole na saúde, as pessoas esquecem do período - a chamada memória curta - e passam a repetir as ações que tinham deixado de lado. Inclusive, as mídias acabam por esquecer do problema anterior, deixando de transmitir as propagandas voltadas para conscientização. Ou seja, o conjunto de fatores, é responsável direto - ou indiretamente - pela volta de doenças.       Portanto, é imprescindível, a aplicação de campanhas de conscientização efetivas. Principalmente com a educação básica, mostrando desde cedo os riscos que o mau cuidado com o meio ambiente ocasionou em certo período, fazendo com que assim, as crianças possam crescer como adultos responsáveis, contribuindo para a não ocorrência de epidemias atemporais. Aliado a isso, a mídia deve alertar, em períodos, a população, nas propagandas e nas telenovelas. Por fim, o governo tem um papel importante nessa área, que é a melhoria de postos de atendimento, e incentivo a pesquisa científica, para que assim novas descobertas no campo da ciência sirvam para o povo brasileiro e não sejam patenteadas por outros países, que encarecem e restringem o acesso.