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Enviada em: 31/08/2017

Desde a descoberta do Brasil, em que vieram os primeiros navegantes, também vieram as primeiras doenças endêmicas. Uma das estratégias utilizadas pelos colonizadores, foi a de deixar roupas contaminadas pelo vírus da varíola nas trilhas pelas quais passavam os índios, que inocentemente usavam e morriam por não ter imunidade. Ao longo dos séculos, as doenças trazidas pelos europeus se somaram, e com o avanço delas viu-se a necessidade de atitudes, principalmente, no que tange o saneamento das cidades, problema que assola o país até os dias de hoje.      É perceptível que as áreas onde vive a população menos abastada são locais com infraestrutura precária e, em sua grande maioria, sem saneamento básico. O tratamento de esgoto e água são essências para evitarem problemas de saúde que acometem pessoas de todas as idades, contudo, as crianças são as mais prejudicadas por brincarem nesses locais. E doenças como a leptospirose e hepatite A, entre outras, poderiam ser evitadas com a profilaxia correta. É possível observar o quanto é importante ao analisar áreas com o IDH(Índice de Desenvolvimento Humano) elevado que, entre outras características, possuem o saneamento para a grande maioria da população.      Todavia, não é recente a preocupação com o combate as endemias, já que em 1918, foi criada a Liga Pró-Saneamento. Ela teve como principal proposta a institucionalização do combate as endemias rurais devido ao surto da doença de chagas, malária e "amarelão". A campanha ganhou visão nacional e inspirou autoridades e famosos, como Monteiro Lobato que deu vida ao personagem "Jeca Tatu" que sofria com o "amarelão". Atualmente, há diversas mídias que alertam as profilaxias para tais endemias, entretanto, a ausência de atitude no combate tanto pelos políticos quanto pela sociedade, contribui para o aumento dos números de doentes.      Diante dos argumentos supracitados, é necessário concordar com Dante Ragazzi, presidente da ABES(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), ao dizer que a promoção de saneamento é a melhor campanha sanitária contra essas doenças. Para tanto, é evidente a necessidade da ação efetiva dos municípios ao contratar mais agentes para averiguarem os focos da região. Mas, para que haja uma melhora significativa é de suma importância que a própria população colabore com essa luta começando com atitudes de tratamento no próprio lar. Por fim, causaria um impacto positivo a ação de ONGs e da Mídia ao relatarem as possíveis consequências à saúde que esse descaso trás, fortalecendo assim a conscientização e mudança de comportamento na sociedade. E como dito por Dante Ragazzi, presidente nacional da ABES(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), "promover o saneamento é a melhor campanha sanitária contra essas doenças",