Materiais:
Enviada em: 29/08/2017

Ao descortinar o século XX, a contemporaneidade, marcada pelo advento do viés democrático e urbanizado, permitiu importantes conquistas no setor tecnológico com a consolidação de inovadores tratamentos médicos, drogas e terapias. No entanto, mesmo com tantos avanços, relata-se ainda a permanência de graves falhas no sistema de saúde que sustentam o surgimento esporádico de epidemias, configurando-se um problema no Brasil.           Em primeira análise, é válido ressaltar as bases que mantém a deformada garantia da saúde pública. A esse respeito, relaciona-se as precárias condições de moradia, em que serviços como o tratamento de água e esgoto, por exemplo, encontram-se debilitados ou ausentes. Soma-se a isso, a falta de higiene alimentar e domiciliar e a persistente negligência da população na proteção sexual. Em corolário, ascende surtos transitórios de verminoses, viroses e doenças sexualmente transmissíveis, causando gargalos crônicos na porta de entrada dos postos e hospitais, desabilitados para suprirem a demanda e realizarem a contenção das fragilidades existentes. Nessa conjuntura, o Brasil responsabiliza-se por 49% das novas infecções mundiais de HIV e os casos de dengue crescem 18% ao ano, segundo dados do Programa das Nações Unidas (UNAIDS).      Na esteira dos empecilhos à saúde de qualidade, alude-se à displicência dos órgãos governamentais na administração de capitais para a área, posto que, em partes, ocorre o desvio de verbas e ineficazes investimentos em âmbitos primordiais. Isso constata-se em uma realidade de frequentes transtornos da população que, muitas vezes, contribuem com as disparidades por meio da resistência e da falta de informação sobre as medidas preventivas. Destarte, ocorre a ininterrupta acumulação de mazelas e o sucateamento do sistema, que hospeda apenas 3,6% do PIB brasileiro.           Torna-se evidente, portanto, os desafios e epidemias na saúde publica. Desse modo, é primordial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre o Poder Público, escolas, mídia e sociedade. O governo deve multiplicar políticas para promover a otimização do Sistema Único de Saúde (SUS) com a reestruturação dos pilares de tratamentos e de prevenção, com cartilhas e orientação domiciliar atuante, além de reformas estruturais nos centros de saúde, ampliando o suporte médico e humanitário. Ademais, as escolas precisam trabalhar a mudança de hábitos domiciliares e higiênicos com debates críticos e palestras especializadas envolvendo toda a população. Em suma, a mídia social deve estabelecer propagandas de cunho informacional e assistencialista. A articulação dessa pluralidade é impreterível para a suscitação da qualidade de vida para a população.