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Enviada em: 20/09/2017

TEMA: A LUTA CONTRA O AEDES AEGYPTI       O físico alemão Albert Einstein disse certa vez: ''A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo''. Quem sabe nos dias de hoje ele compreendesse melhor seu pensamento, visto que muitas pessoas tratam o combate ao mosquito Aedes aegypti como um caso isolado da sociedade brasileira. Entretanto, ao fazer uma análise mais consistente, entende-se que fatores comportamentais e políticos convergem para essa problemática no Brasil.       Em uma primeira análise, destaca-se a principal responsável da epidemia de dengue no país: a população. Segundo Durkheim, a harmonia que assegura a existência e a continuidade de uma sociedade, só se torna possível quando os indivíduos são capazes de assimilarem valores, hábitos e costumes próprio do grupo social a qual pertencem. Seguindo essa linha de pensamento, as pessoas não tomam as cautelas necessárias e não fazem sua parte para combater o Aedes aegypti. Bom exemplo disso são as caixas d'água abertas ou quebradas, garrafas com o bocal para cima e vaso de planta sem areia nos pratinhos. Dessarte, os cidadãos são os maiores responsáveis por essa situação e devem mudar o pensamento para reduzir os índices de infestação desse inseto transmissor.       Em uma segunda abordagem, percebe-se uma parcela de culpa do Poder Público na precaução dos focos desse mosquito. Isso porque as prefeituras, em função da crise econômica, dispensam a fiscalização permanente realizada pelos agentes de saúde. Em virtude disso, as ações de prevenção que deveriam acontecer antes do verão, não acontecem. Por conseguinte, a população fica sem tempo hábil de identificar e eliminar os potenciais criadouros e quando chega o verão, a proliferação desse vetor aumenta. Desse modo, não se pode responsabilizar somente a população, o Governo também precisa se mobilizar contra o Aedes.       Fica claro, portanto, que as mudanças de comportamento na luta contra o mosquito Aedes aegypti precisam ser permanentes. Desse modo, competem as escolas organizarem didaticamente as aprendizagens e os conteúdos programáticos em contexto escolar sobre o tema, de forma a sensibilizar todos os alunos desde cedo com o intuito de buscar mudanças conceituais e atitudinais para resolver os problema não só do mosquito, mas de todo meio ambiente. Ademais, é fundamental o apoio do Governo Federal no fortalecimento dos laços entre as escolas e as sociedades civis, a fim de auxiliar o entendimento entre essas áreas e os serviços públicos para a resolução desse problema social. Só assim Einstein vangloriar-se-ia de mais essa descoberta.