Materiais:
Enviada em: 24/10/2017

Por uma nova alcunha      A campanha de vacinação obrigatória desenvolvida no século XX pelo médico Oswaldo Cruz, foi uma medida adotada na época para combater a varíola. Desse modo, percebe-se que as epidemias sempre estiveram vigentes no contexto da sociedade brasileira. Nesse viés a displicência social e estatal são fatores que contribuem para manutenção dessa adversidade de saúde pública.      Em primeira análise, é importante ressaltar que apesar do corpo social ter conhecimento sobre as formas de profilaxia é comum à adoção das medidas apenas em situações emergências. Uma prova disso foi o surto da febre amarela ocorrida em Abril de 2017, que a apesar de ser uma doença viral com vacinas disponíveis pelo Sistema de Saúde Publica – SUS, apenas após a epidemia uma maior parcela da população se mobilizou e procurou os postos para se vacinarem. Nesse cenário, a problemática instala-se, dado a forma errônea com que o corpo social lida com as medidas preventivas.       Outrossim, em relevância do impasse, o desmatamento para a construção de moradias irregulares e a falta de saneamento é preponderante no aumento de doenças. Isso ocorre, devido ao fato que as construções sem alvará podem ter à destinação de esgoto em efluentes causando uma poluição ambiental além de elevar a incidência de agentes etiológicos no ambiente inserido.       Ademais, apesar da implementação do SUS ser um avanço ao combate das doenças a atenção básica hodierna não da conta desse papel inicial. Por conseguinte, o sistema de saúde sofre uma sobrecarga com pacientes que poderiam ser evitados sua entrada nos hospitais por medidas mais eficazes de profilaxia. Destarte, urge a necessidade de fiscalizações municipais e de uma maior destinação de agentes de saúde endemias para combater a mazela.       Evidência-se, portanto, os catalisadores para a manutenção das doenças tropicais no Brasil. A fim de que essa caótica questão seja elucidada a díade Estado e Saúde deve instrumentalizar ações para atenuar a problemática. É mister , que haja uma ênfase na educação preventiva na sociedade, por meio de propagandas e cartazes, sendo veiculada rede nacional com subsidio estatal. Torna-se imperativo, também que o Ministério de Saúde em parcerias com as prefeituras municipais desenvolva fiscalizações mais efetivas nas áreas afastadas com intuito de cessar o desmatamento e a contaminação de rios e lagos, paralelamente à isso deve disponibilizar um maior número de agentes comunitários de saúde para orientar a população e combater focos das doenças. Assim, iremos desfazer a alcunha de país “antro” das doenças tropicais.