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Enviada em: 10/10/2017

No início do século XX, para combater o grande surto de varíola e tuberculose, o Governo Federal iniciou uma campanha de vacinação forçada à população e o remodelamento da então capital Rio de Janeiro. Na contemporaneidade, no entanto, o surto de epidemias no Brasil continua, e ganha espaço a medida em que o descaso governamental aumenta e o interesse popular diminui, tornando-se necessária a tomada de medidas que atenuem o impasse.     Segundo o site "saude.estado", a Região Sudeste é a mais acometida com casos de dengue. E isso não é decorrente apenas de sua grande população, mas, tal como em outras regiões, também da irregularidade do saneamento básico, estrutura habitacional e coleta de lixo, e da falta de cooperação individual, o que resulta na taxa média de 70% dos casos de dengue por região resultante desses fatores. Ademais, a inadimplência do sistema de saúde é uma das causas do agravamento do problema. Recém infectados por vírus, que poderiam ser facilmente tratados no início da doença, por ocasião da falta de assistência médica, veem seus quadros de saúde piorarem até que não haja outro resultado que não o óbito, tal como os casos de dengue hemorrágica.     Todavia, muitos problemas dificultam a resolução da questão. Embora a Constituição de 1988 assegure a saúde como um direito de todos, o Governo Federal ignora a realidade do sucateamento dos sistemas de saúde e não viabiliza capital para melhorar a sua estrutura e seu funcionamento. Além disso, boa parcela da população ainda inconsciente do seu papel central no equilíbrio social, não tomam as devidas medidas profiláticas no combate ao crescimento das epidemias, e impedem o trabalho dos agentes sanitários que tentam combater os focos dos vetores.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério das Telecomunicações deverá promover uma campanha de conscientização via programas de rádio governamental, como a "Hora do Brasil", e distribuir cartilhas educacionais à população. Também, partindo do pressuposto kantiano de que o ser humano é a expressão de sua educação, é imperioso que o MEC institua palestras sociais nas escolas, que discutam a importância da sociedade no combate ao crescimento das epidemias, fitando conscientizar os jovens e evitar a permanência do problema. Por fim, a Receita Federal deverá viabilizar maiores parcelas da arrecadação dos impostos para a manutenção do espaço público, melhorando o saneamento básico, e para o sistema de saúde, na contratação de novos médicos e na reforma dos hospitais.