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Enviada em: 13/10/2017

À questão das epidemias nunca foi dada a devida importância haja vista que tem sido um problema desde a colonização do Brasil. O primeiro surto documentado foi o de varíola, trazido em 1563 pelos portugueses, no qual muitos índios vieram a óbito. Nesse sentido, nota-se que ainda há empecilhos que dificultam a superação desse impasse tão antigo.       A princípio, é válido ressaltar que a maioria da população não se previne individualmente das doenças. Graças às pesquisas biomédicas, já existem vacinas que agem no combate prévio de algumas epidemias. Entretanto, somente uma parcela pequena da sociedade atende às campanhas de vacinação. Prova disso é o retorno da febre amarela nos últimos anos pois menos de 50% dos brasileiros são imunes ao vírus.       Ademais, obstáculos estruturais nas cidades estimulam a proliferação de epidemias. Embora o Estado atue no tratamento das doenças, o Brasil precisa resolver problemas urbanos básicos como universalizar o acesso a água tratada e ampliar o saneamento básico. Segundo o SNIS, cerca de 135 milhões de cidadãos ainda não têm esses recursos disponíveis. Desse modo, sem solucionar as causas, os surtos não são evitados.       Fica claro, portanto, que vários fatores impedem o enfrentamento eficaz das epidemias no Brasil. A fim de resolver o dilema, a mídia poderia estimular a vacinação através de campanhas publicitárias constantes e não somente durante os surtos das doenças. O Estado deveria direcionar parte dos impostos para a implantação de redes de esgoto e água tratada em todo país, conforme a Lei do Saneamento Básico. Solucionar a questão das epidemias é um processo longo, porém é preciso que se dê o primeiro grande passo.