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Enviada em: 31/03/2018

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca dos desafios para lidar com epidemias no Brasil. Durante o século XIV, quando a medicina era escassa, a Peste Negra dizimou um terço da população européia devido à precária higiene nas ruas. Contudo, atualmente, apesar de todos os avanços científicos, continuamos observando casos recorrentes de epidemias. Dessa forma, basta observar como o desmatamento e a poluição potencializam a incidência e a proliferação de doenças. Logo, compreender os aspectos que levam a esse cenário é fundamental para alcançar melhorias.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que o desmatamento é ocasionado, principalmente, pela ação humana e é o responsável pela destruição de habitats. Com isso, inúmeras espécies transmissoras de doenças migram para os centros urbanos, pondo em risco a saúde de diversos cidadãos. Como, por exemplo, o mosquito Aedes aegypti que transmite a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya. Todas as doenças citadas apresentam grande ocorrência no Brasil e podem levar a óbito, salientando a  necessidade de tomar medidas profiláticas em combate a proliferação.    Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que a poluição exerce papel relevante no aumento de casos epidêmicos no país. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro produz cerca de 1kg de lixo por dia. Com isso, uma parcela considerável de resíduos são jogados indiscriminadamente nas ruas, terrenos baldios, quintais, rios, margens de córregos e canais cotidianamente. Assim, é indubitável que a falta de tratamento e o destino final precário desses resíduos causam problemas envolvendo aspectos sanitários, ambientais e sociais, como a disseminação de doenças. Ademais, a população não segue de forma adequada as medidas preventivas, tal como evitar água parada, colaborando com a expansão de epidemias.   Nesse sentido, ficam evidentes, portanto, os elementos que colaboram para o atual quadro negativo do país. Aos meios de comunicação em parceria com a Organização Mundial da Saúde, cabem a execução de campanhas esclarecedoras a respeito da importância social de combater os vetores epidêmicos e a realização de medidas profiláticas, como a reciclagem e o descarte seletivo de resíduos,  a fim de reduzir a iminência de doenças infecciosas. É imprescindível, também, que o Ministério do Meio Ambiente realize políticas de fiscalização e controle do desmatamento, além de organizar palestras de educação ambiental, enquanto o Setor Legislativo, por sua vez, aumente a eficiência das penas punitivas por crimes ambientais, visando a dissolução das doenças epidêmicas. Assim, gradativamente, a frase de Mahatma Gandhi fará sentido para as mudanças que almejamos: "O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente".