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Enviada em: 21/08/2019

Desde a conceituação, em 1985, do termo "Bioética" como ferramenta das ciências da vida dedicada aos assuntos sem consenso moral, a humanidade avançou a passos rápidos no quesito biotecnologia. Porém, avanço não significa progresso quando é necessário superar novamente os desafios passados, atrasando o trabalho dedicado aos novos.       O ser humano é responsável, desde que consciente da sua ação na Terra, por diversas mudanças ambientais e geográficas na superfície do planeta de acordo com a biotecnologia moderna. Consequentemente afetados pela atividade humana, os diversos organismos vivos que coexistem são pegos no emaranhado urbano-industrial que devasta ecossistemas e, atualmente, a biosfera. E, ao revisitar um impasse bioético inúmeras vezes discutido, o desenvolvimento humano é novamente colocado em cheque pelo seu dever moral de proteção à vida, num intuito de proteger também as próximas gerações.       Já os desafios de conciliação entre ética e biotecnologia esperam na fila por ser um assunto tabu na sociedade enquanto os primeiros temas da bioética continuam sendo urgentes. Desta forma, a evolução científica é retardada ao não abordar e resolver de maneira célere os problemas éticos e morais que atualmente que contemplam assuntos genéticos explorados pela biologia molecular como a transgenia humana em prol da saúde, modelamento genético na agronomia para alimentação e clonagem animal.       Em síntese, os desafios à bioética gerados pela biotecnologia permanecem pobremente discutidos e não são, nem serão abordados enquanto a humanidade não resolver de maneira eficaz os seus impasses morais de base. Assim, torna-se necessário a instauração de fóruns e mutirões, promovidos pelos centros de educação científica, que ensinem a ética de maneira eficaz nas cidades e comunidades, no intuito de moralizar a convivência humano-habitat e promover avanços tecnológicos nos assuntos atuais, que demandam urgência.