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Enviada em: 23/08/2019

A Constituição Brasileira de 1988, documento jurídico mais importante do país, garante a atuação da tecnologia. No entanto, alguns princípios éticos não são respeitados, algo que precisa urgentemente ser revisto. Se por um lado o avanço tecnológico trouxe benefícios para a sociedade; por outro, alguns empecilhos favorecem para a desarmonia dos estudos científicos com os valores sociais.        Em primeira instância, é importante ressaltar que desde o século XVIII com as Revoluções Industriais, as pessoas correm em busca de inovações. Exemplo disso foi a descoberta de antibióticos, vacinas, a produção da insulina por meio da engenharia genética, todos esses foram fundamentais para o crescimento da longevidade e uma melhor qualidade de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a expectativa de vida no Brasil sobre dos 70 para os 75 anos. Nesse viés, percebe uma melhoria significativa na prevenção e tratamento de doenças, ocasionada por diversos fatores dentre eles a pesquisa e tecnologia.        Paradoxalmente, mesmo com alguns benefícios é preciso uma conciliação com a ética, pois princípios e valores humanos em muitos momentos não são respeitados. Consoante Albert Einstein, a tecnologia excedeu a nossa humanidade. Nesse contexto, percebe-se que alguns comportamentos estão desvinculados com o crescimento mútuo dos estudos científicos e a ética. Prova disso são as comercializações do material genético, reprodução in vitro para escolher características dos filhos, métodos artificiais para o crescimento de frutos para a indústria sem a preocupação dos seus malefícios. Segundo Hans Jonas, as pessoas devem atuar de forma que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com valores constitucionais. Porém, o tecido social tem negligenciado tal conselho.       Fica claro, portanto, que medidas sejam tomadas a fim d resolver esse impasse. Cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia em consonância com o Ministério da Educação, investirem em pesquisas, mas não esquecerem dos valores éticos. Dessa forma, devem fornecer desde cedo disciplinas curriculares que trabalham a conciliação da biotecnologia e os diversos princípios humanos, ademais, fornecer palestras abertas para pais e filhos com o objetivo de ensinarem sobre o crescimento científico, dignidade humana, ética e moral. Assim, a sociedade futura não deixará o empirismo exceder a humanidade, ambos crescerão em conjunto.