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Enviada em: 24/08/2019

Ao longo do século XX, o mundo presenciou o desenvolvimento da biotecnologia, uma área que possibilitou o aumento da qualidade de vida das populações por todo o planeta. Nesse sentido, diversos novos remédios, procedimentos cirúrgicos, vacinas e tratamentos foram oferecidos para as pessoas, fato que impulsionou o crescimento da expectativa de vida em escala mundial. Contudo, ao contrário do que se possa deduzir, a biotecnologia não trouxe apenas benefícios, mas trouxe também alguns problemas para as sociedades contemporaneas, dentre os quais se destacam a indiscriminada modificação genética em alimentos e o rompimento dos limites entre a ciência e a natureza humana.     Assim sendo, vale a elaboração de uma análise mais profunda acerca dos elementos que ladeiam a questão da alteração dos gêneros comestíveis. Desde o ano de 1950, com a Revolução Verde, o mundo passou a adotar técnicas de plantio com as sementes geneticamente modificadas, diante disso, os vegetais, as leguminosas e as frutas cultivadas tornaram-se muito mais resistentes, seja contra as pragas ou contra os próprios agrotóxicos. Todo esse cenário proporcionou, nos dias atuais, o aparecimento de alguns problemas, como, por exemplo, a degradação de solos agricultáveis e a diminuição da biodiversidade de plantas em longas áreas, dada a tendência mundial para com as lavouras monocultoras.    Mencionados alguns pontos sobre a temática proposta, pode-se ainda citar a atual transgressão da natureza humana pelo avanço da biotecnologia. Durante a Segunda Guerra Mundial, na primeira metade do século XX, muitos experimentos científicos hediondos com seres humanos foram realizados, tendo como o precursor dessas práticas o doutor Josef Mengele. Na contemporaneidade, as técnicas de manipulação de genes são infinitamente superiores, o que faz com que muitas pessoas tentem se utilizar desses meios para alterar, por exemplo, os processos naturais de gestação de um ser humano. A advogada  Renata da Rocha, doutoranda em Filosofia do Direito pela PUC-SP, repudia esse tipo de procedimeto, haja vista que eles ultrapassam os limites entre a ética e o desenvolvimento.   Desse modo, é visível que muitos males estão presente na relação entre a ciência e a ética, por isso cabe aos governantes a missão de agir para sanar tais problemas. Portanto, o Ministério da Agricultura deve investir em programas públicos de treinamentos aos agricultores brasileiros, dando-lhes instruções para não agredirem o solo gratuitamente com o excesso de agrotóxicos e ainda ensinando-lhes a policultura, com isso, a biodiversidade seria majorada e o solo seria devidamente preservado. Ademais, o Governo Federal deve criar departamentos de propagandas educativas para informar o público sobre os usos errôneos da biotecnologia, com o fito de preparar a população para lidar com esses recursos.