Materiais:
Enviada em: 26/08/2019

No mundo, o avanço da tecnologia traz incontáveis possibilidades de melhorar a qualidade de vida e desenvolver projetos biológicos. O viés dessa realidade são os entraves que a biotecnologia tem frente à ética, pois pesquisas, como as relacionadas a células embrionárias, e melhoramento genético, encontram barreiras religiosas, empíricas e culturais. Conciliar biotecnologia e ética é uma questão a ser atingida.       Primeiramente, sabe-se que a tecnologia é uma grande propulsora da ciência, possibilitando, por exemplo, a produção de alimentos mais resistentes e em maior quantidade, com transgênicos, e a reprodução assistida, por meio da fertilização "in vitro". Nesse contexto, pode-se destacar a frase de Fernando Pessoa: "navegar é preciso, viver não é preciso", posto que a ciência é uma navegação de possibilidades, mas preceitos religiosos, como de que o homem e a mulher devem gerar um filho de modo natural, e mentalidade empírica de que todos os transgêneros são maléficos a saúde constituem uma imprecisão complexa.       Não obstante, a cultura da corrupção, principalmente em países como o Brasil, faz com que o uso da biotecnologia se volte para fins particulares, como enrouquecimento de agricultes, com transgenias exageradas. Outro equívoco é o uso de animais em pesquisas de células tronco, pois essas multipotentes podem ser obtidas por meio da fecundação externa entre óvulos e espermatozoides que seriam descartados nos laboratórios. O que encontraria outra barreira na questão religiosa de que esta fecundação poderia gerar uma vida, mas ignora-se o fato de que salvariam milhares.       Logo, órgãos ligados a saúde em todos os países devem realizar constantes campanhas educativas para mostrar os benefícios da tecnologia aplicada à biologia, para tanto pode divulgar dados de avanços e perspectivas de melhorias na vida dos cidadãos. Assim a ética geral terá uma nova visão da aplicação tecnológica como benefício e não como vilã, podendo mudar, inclusive as mentalidades religiosa, empírica e cultural defasadas. Para, então, conciliar navegação e vivência de modo favorável.