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Enviada em: 26/08/2019

Os usos da biotecnologia possibilitaram uma explosão na produção agrícola. Espécies transgênicas são mais produtivas, mais resistentes e, por conseguinte, mais rentáveis. Na indústria farmacêutica, a promessa de medicamentos baseados no DNA do paciente dá esperança de cura para doenças antes incuráveis. Contudo, todos esses benefícios encontram uma barreira: a supremacia do lucro, que não encontra limites éticos na sociedade hodierna.       De início, vale ressaltar que a transgênia  permitiu uma brusca elevação da produtividade no campo. No entanto, essas espécies exigem cada vez mais, e em quantidades sempre maiores, o uso de agrotóxicos. Isso gera vários transtornos. Como, por exemplo, a contaminação do solo e da água. Do mesmo modo, são desenvolvidas sementes adequadas apenas para a safra de um único ano, um tipo de obsolescência programada. Esses mecanismos são criados propositadamente, pois as empresas privadas que as desenvolvem visam, sobretudo, o lucro.       Além disso, os usos medicinais na biotecnologia são freados pelos interesses das indústrias farmacêuticas que não realizam pesquisas em medicamentos para tratar de maneira eficiente as doenças. Buscam sempre desenvolver tratamentos meramente paliativos, que transformam os pacientes em consumidores recorrentes. Recentemente, um importante representante da farmacêutica alemã Bayer afirmou, sem pejos, que "curar doenças não é rentável".       A minoração dessa problemática passa, portanto, pela separação da ciência biotecnológica dos interesses do Capital. Para tanto, a FAO deve majorar o investimento que vem sendo feito na pesquisa de alimentos geneticamente modificados, para que desse modo as distorções criadas pelos interesses privados sejam reduzidas. Ademais, a OMS deve propor sanções às empresas que exploram o sofrimento humano em busca do lucro. Assim o sofrimento humano será reduzido  será evitado o desperdício de recursos em tratamentos fúteis.