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Enviada em: 26/08/2019

A série "Orphan Black" aborda a questão da clonagem e os impactos causados pelo experimento ilegal que propicia mudanças na estrutura física das clones. Nesse sentido, os avanços da ciência na questão genética podem modificar o futuro da humanidade, visto que é uma esperança para a cura de doenças e anomalias. No entanto, existe uma ética que questiona o uso e o limite da ciência, que deve levar em consideração uma série de normas que impedem a liberdade na prática da biotecnologia. Diante disso, é importante analisar até que ponto irá o limite da ciência e seus impactos na sociedade.    Primeiramente, a revolução industrial estimulou o avanço da tecnologia, o que possibilitou descobertas que foram precursoras para o estudo do Genoma, projeto para desvendar o código genético de um organismo. Assim, devido a conclusão do projeto, o avanço da tecnologia tomou diversos rumos, desde a criação de antibióticos até a fertilização in vidro, fora do sistema vivo. No entanto, mesmo adiante do progresso científico, surge o debate relacionado ao limite do uso da ciência e a questão de ética e cultura moral. Ou seja, segundo a advogada Renata de Rocha "Uma sociedade livre, justa e solidária se faz com base na ética". Dessa maneira, a ciência tem um poder em mãos, em que mode modificar a fisiologia e ser utilizada para descoberta de doenças, mas, pelo fato de o corpo humano ainda ser uma incógnita, precisa ter seus limites impostos, baseados na cultura e ética humana.    Ademais, de acordo com Claudio Cohen (Presidente da Comissão de Ética do Hospital das Clínicas), a biotecnologia pode transformar o ser humano em um ciborgue, o que pode diminuir características de natureza humana. Dessa forma, a atividade de fertilização in vidro pode resultar na escolha dos pais por característica, como a cor dos olhos. Porém, isso pode gerar um melhoramento genético, em que há uma seleção que pode alterar a constituição da espécie humana, e o ciclo hereditário, que possibilita a diversidade física. Logo, é necessário compreender que não existe uma ética absoluta, e que tanto o o conhecimento científico, quanto a cultura precisam ser consideradas para que a sociedade avance no sentido intelectual e social. Como consequência, os avanços resultarão em descobertas que serão positivas para a espécie humana, como a cura de doenças, e a diversidade cultural será respeitada.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de cuidados quanto ao limite da ciência em consequência da questão ética e cultural. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Ciência e Comunicação criar eventos, com profissionais da área da ciência e do entendimento da ética, para que debates sejam feitos em cada estado sobre os limites que devem ser impostos em pró da manutenção de características humanas. Para que isso ocorra, o poder Executivo e Legislativo deve liberar verbas para financiar esses eventos. Como resultado, a sociedade poderá compreender a ciência, seus impactos e limites.