Materiais:
Enviada em: 27/08/2019

Atualmente, vive-se um contexto de transição da Terceira para a Quarta Revolução Industrial. Desde então, ouve um crescimento exponencial do conhecimento científico, desenvolvendo nanotecnologias e uma robótica quase impecáveis. No entanto, o cenário não é somente otimista, levando em consideração os riscos que as novas revoluções podem gerar, cabe analisar 2 fatores: os limites do uso da biotecnologia e quando essa é relevante para a sua aplicação na contemporaneidade.         Primordialmente, é importante ressaltar, o porquê da criação de limites para controlar o uso consciente da biotecnologia no cotidiano das pessoas. No livro "Genética", da autora  Mayana Zatz, é retratado um caso em que um casal saudável decidi utilizar a tecnologia para a realização de uma fertilização "in vitro", a fim de segregar fenótipos de interesse dos pais para o feto. Porém, essa situação ultrapassa os limites da ética humana, uma vez que é alterada a linhagem de sucessão dos genes da árvore geneológica da família, contribuindo assim, para a formação de características padronizadas. Dessa forma, extingui-se a diversidade étnica e sociocultural da humanidade.            Em segundo plano, vale analisar quando a biotecnologia é essencial para a continuidade da vida antrópica. O filósofo Jeremy Bentham, destacava a importância do termo "utilitarismo" para a sociedade, esse consiste em analisar de forma crítica e imparcial casos individualmente, principalmente, nos que expõem  a vida de outro ser humano, para que a aplicação da biotecnologia seja sensata e pragmática, resolvendo problemáticas, e não ao contrário disso. Um exemplo, é a vida de um bebê correndo risco, graças às doenças transmitidas a esse por meio da mãe, nesse caso, é essencial a aplicação da biotecnologia.           É evidente, portanto, que a conciliação da tecnologia genética e a ética  possuem íntima relação com aspectos governamentais. Logo, o Governo Federal deve sancionar leis e promover a fiscalização rígida nos pólos tecnocientíficos, por meio de intervenção estatal nas empresas privadas e fiscais para monitoramento , com o fito de garantir o uso consciente da tecnologia, observando criticamente casos que há riscos de morte do feto, graças a problemas patogênicos, fazendo o uso da tecnologia "in vitro" para garantir a sobrevivência desse e da continuidade do ciclo biológico da vida humana. Somente assim, a sociedade fazerá uso ético das novas revoluções que a ciência trouxe ao mundo.