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Enviada em: 11/09/2019

O século XX caracterizou-se por inúmeros conflitos, dentre eles a Segunda Guerra Mundial. Ideologias extremistas dessa época limitavam a tolerância, o respeito e a diversidade - a teoria da eugenia, um claro exemplo disso, explicita a crença exarcebada de que haveria uma raça humana superior às outras pessoas. Passado o século, questões sobre modificação genética com o intuito de ''melhora'' biológica sucitam debates sobre vantagens e desvantagens de seu uso bem como indagações de qual seria o suposto limite da biotecnologia atrelada à ética conemporânea.  Durante a década de 1990, trabalhos envolvendo modificação genética avançaram a paços largos, o descobrimento da sequência de nucleotídeos do DNA pelo Projeto Genoma Humano foi uma das descobertas do ramo. Perante a isso, a biotecnologia progride em relação aos caracteres que promovem melhor qualidade de vida e bem estar, pode, até mesmo, reiventar tratamentos desgastantes de doenças cuja cura ainda é indisponível. Ainda, com a manipulação genética faz-se possível a produção eficiente de hormônios como a insulina, disponíveis mais facilmente no mercado pós-moderno, graças a mecanismos artificiais de tranferências de genes humanos para plasmídeos em laboratório.   Em outro viez, a biotecnologia, às vezes, transpassa irresponsavelmente os valores morais e éticos sociais. Em 2018, por exemplo, cientistas chineses modificaram genes de bebês para, supostamente, proteger os recém nascidos contra o vírus da AIDS; essa intervenção, contudo, não possui comprovações e nem mesmo foi divulgada para a comunidade científica debater. Esse quadro viola seriamente as barreiras nas quais a biotecnologia deve se pautar, pois modificar o material genético, mesmo que correspondido com normas e procedimentos globais, transforma, de forma imprevisível, a cadeia de duplicação do DNA e, possivelmente, alterará características de possíveis herdeiros desse ácido nucleico.     Para conciliar o trabalho genético e a valorização da vida, o Governo deve implementar, por meio de leis transparentes, limites éticos claros para empresas e pesquisadore perante manipulações genéticas, independente de seu fim - princípios meramente comerciais serão postos à mercê da bioética. Caso haja desrespeito em alguma das partes, será necessário aplicações de multas e condenação por ato ilícito. Esse projeto deve, ainda, contar com a opinião da população, por meio de plebicitos, tanto virtuais como em papéis físico, diante das questões envolvendo a modificação de seres vivos para que a voz de todos seja ouvida. Assim, a evolução da tecnologia abraçará a causa do compromisso ético com a sociedade, sem desrespeitos e ausência de moralidade.