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Enviada em: 13/09/2019

A Revolução Verde, que ocorreu na década de setenta do século passado, foi relacionada com a mecanização do solo e com o estudo da semente. Dessa forma, é possível inferir que a utilização da Biotecnologia, nesse período ainda de forma incipiente, foi responsável por resultados mais produtivos no campo. Na hodiernidade, no que lhe concerne, a Biotecnologia desenvolveu-se e apresenta notadamente novas evoluções em diversas áreas do conhecimento, urge, desse modo, desafios de concilia-lá com a Ética. Assim, é necessário que seja desenvolvida a ética nas relações que permeiam o tecido social e, consequentemente, o uso racional da biotecnologia.     A priori, o filósofo Henrique de Lima, no Enigma da Modernidade, explicitou que apesar de a sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas. Ou seja, há um contracenso, segundo o filósofo, uma vez que não há um paralelismo entre o campo da ação e o campo do discurso e, portanto, a ética não é respalda pelas atitudes cotidianas. Sendo assim, é necessário o desenvolvimento de um comportamento ético nas relações que permeiam o tecido social para que os avanços teóricos sejam imprimidos com responsabilidade, por exemplo.     Ademais, sem ética o uso da Biotecnologia torna-se um risco, já que campos da transgenia, que está relacionada com a manipulação do código genético para a expressão de uma determinada característica, podem ser utilizadas para fins que venham comprometer a sinergia mundial. Em paralelo, é como o caso da crise dos mísseis, que ocorreu na Guerra fria, o qual a bipolarização política contribuiu para que o mundo vivesse uma tensão armamentista, que ocorreu mediada por avanços tecnológicos. Dessarte, é essencial o uso racional da biotecnologia, para que não seja utilizada com promoção de interesses imperialistas como o desenvolvimento tecnológico já foi em outras épocas, e, por conseguinte, venha ser viabilizada com segurança.    Logo, é fundamental que as Instituições Educacionais venham realizar palestras destinadas para a comunidade científica e governantes das nações, sobre a importância de ações respaldas pela ética na Biotecnologia. Para isso, é imprescindível convidar psicólogos, secretários da ONU- Organização das Nações Unidas- e Cientistas consagrados que venham clarificar sobre o assunto em questão, por meio de exemplos e os benefícios oriundos dessa prática, a fim de que as relações que permeiam o tecido social e científico sejam respaldados pela ética e, por fim, haja o uso consciente da biotecnologia. Dessa maneira, vencer-se-á os desafios para conciliação da Biotecnologia e a Ética.