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Enviada em: 02/10/2019

Segundo a definição do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, a Biotecnologia trata-se de um conjunto de técnicas que envolvem a manipulação de organismos vivos para modificação de produtos. Todavia, com a ascensão dessa ciência, surgiram questionamentos quanto aos limites de sua utilização, sobretudo, os relacionados a ética. Por isso, o uso dessa tecnologia para o melhoramento da vida humana e o respeito para com a mesma devem ser indissociáveis. Apesar da Biotecnologia ser responsável pelas atuais inovações nos setores da saúde, agricultura, alimentação etc, as técnicas envolvendo microrganismos já são utilizadas desde os tempos mais remotos. O uso de leveduras para produção de pães e vinhos, a descoberta da Penincilina por Alexandre Fleming e a produção da insulina humana sintética  são exemplos da contribuição oriundas desses conhecimentos. Ademais, é importante salientar a relevância ambiental dos procedimentos biotecnológicos, como o uso de biocombustíveis e a modificação da bactéria Pseudomonas, possibilitando a essa a quebra de moléculas de petróleo. Dessa forma, ratificando a vasta aplicabilidade e importância dessa ciência no cotidiano dos indivíduos. Entretanto, assim como afirmou o físico Albert Einsten, o espírito humano deve sempre prevalecer sobre a tecnologia. Essa premissa é básica, mas que tem apresentado riscos de deturpação, que ocorrem quando cientistas perdem o senso ético e desrespeitam a soberania da vida humana, manipulando-a ou colocando-a em risco. A exemplo disso, há relatos tanto ficcionais quanto realísticos, como a série Orphan Black, que levanta discussões morais e éticas sobre a clonagem humana e também pode-se citar o caso do cientista chinês que afirmou ter criado os primeiros bebês geneticamente modificados do mundo. Evidenciando, assim, como a ciência pode atuar de forma indigna. Com isso, objetivando o progresso, faz-se necessário estabelecer caminhos em que ética e ciência caminhem juntas. Para tal, o Brasil já conta com a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, a qual compete a implementação de políticas nacionais de biossegurança referentes aos organismos geneticamente modificados, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, cabendo a ambas, juntamente com os Ministérios da Saúde, da Agricultura, das Ciências e Tecnologias e o Ministério do Meio Ambiente, entrarem em acordo, a fim de melhorar a Legislação Vigente e propor inovações a esse setor, como aumentar a vigilância e prever penas mais rigorosas aos infratores, assim, impondo limites ao seu avanço, sempre visando o respeito à vida humana e à natureza. Desta forma, então, instaurar-se-a um cenário harmônico entre o homem e a tecnologia.