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Enviada em: 15/08/2019

Durkheim define a sociedade como um organismo biológico, cuja parte em disfunção ocasiona o colapso do sistema inteiro. Tal afirmativa reflete aos desafios para a reduzir os índices de evasão universitária no Brasil, como a falta de planejamento para deficientes e falta de recurso financeiro dos estudantes. Faz-se necessário, portanto, analisar a mobilização do Estado e seus ministérios acerca dessa questão.       Assim como a educação era restrita à elite na Roma Antiga, essa característica se faz presente na sociedade brasileira, a qual possui muitos cidadãos incapazes de frequentar uma faculdade devido as suas dificuldades financeiras, tendo que deixar de estudar para trabalhar. Esse fato aumenta o número de empregos informais e prejudica o desenvolvimento individual e da nação, pois, como proferido por Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."     Outrossim, embora exista uma lei brasileira de inclusão, as universidades não estão preparadas para receberem deficientes. Os surdos, por exemplo, sofrem com a carência de professores que dominem a língua brasileira de sinais (LIBRAS), e os cadeirantes, com infraestruturas adaptadas às suas necessidades. Esses fatores impedem a existência de uma educação igualitária e integrada, além de não fornecer condições para que a permanência dessas pessoas na instituição.       Dessarte, é fulcral que o Estado forneça bolsas remuneradas aos estudantes necessitados, para que eles não troquem o ensino pelo trabalho. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve garantir a capacitação das instituições e dos professores para receberem alunos especiais, por meio da fiscalização do cumprimento dos critérios necessários para que haja maior possibilidade de integração dessas pessoas na faculdade. Indubitavelmente, se tais providências forem tomadas, a evasão universitária será apenas memória de um passado disforme e superado.