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Enviada em: 08/10/2019

Muito se discute acerca dos empecilhos da formação escolar básica e os impactos causados no ensino superior. Essa controvérsia torna-se mais relevante quando se expõe aos elevados índices de evasão universitária no Brasil. Segundo o Ministério da Educação (MEC), nas universidades públicas e privadas, a média de evasão é de 25% ao ano. Esse debate, portanto transparece a ineficácia das políticas públicas de educação e a insatisfatória qualidade do ensino básico no país.     Darcy Ribeiro afirma que o não investimento em educação é um projeto político com finalidade de privilegiar a desigualdade e as elites econômicas. Por conseguinte, no primeiro semestre de 2019, o MEC realizou cortes de, aproximadamente, 5 bilhões de reais e contingenciamento de 30% dos recursos públicos destinados a educação superior. Tal fator corrobora o sucateamento do ensino público e, de modo consequente, a evasão universitária, visto que a qualidade da educação em diversas áreas é defasada.  Diante disso, os desafios para a redução da evasão escolar e universitária são impostos constantemente pelo governo acarretando a incompleta formação acadêmica e a diminuição das perspectivas de empregabilidade do indivíduo.     Somado a isso, a insatisfatória capacidade do ensino básico público em formar estudantes preparados para o ensino superior. Segundo Monteiro Lobato, ''um país se faz com homens e livros'', não obstante, o Brasil, uma das dez maiores economias do mundo, tem uma das piores avaliação do ensino médio dentre os países ocidentais. Diante disso, o baixo domínio dos conteúdos básico escolares frente ao ensino superior isola os estudantes da estrutura acadêmica e, como consequência, aumenta os índices de evasão universitária. Além disso, no que se que refere às instituições privadas de ensino, a principal causa de evasão universitária é a inadimplência, visto que o ensino superior particular se tornou um mercado com custos altos e que não se equiparam a qualidade de ensino.     Com o intuito de criar alternativas para redução da evasão universitária no Brasil, é adequado que existam investimentos sólidos na educação básica e superior. Essa finalidade pode ser obtida através de parcerias do MEC com o terceiro setor, os isentando do fisco, a fim de aumentar o número de financiamentos e bolsas sociais de estudo nas universidades e escolas privadas. Tal fator auxiliará na organização dos recursos e políticas públicas para a educação e , por consequência, tornará o ensino superior e básico mais adequado para formação do cidadão. Dessa forma, os índices de evasão universitária diminuirão e haverá um progresso sustentável da nação através de indivíduos preparados para o mercado de trabalho.