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Enviada em: 23/08/2019

No contexto da vinda da família real para o Brasil, em 1808, foram realizados uma série de investimentos na infraestrutura do país e um desses foi a construção da primeira universidade na qual teve seu método de ensino baseado no vigente naquele período. Embora essa conquista deva ser celebrada, atualmente a educação brasileira mantém a mesma estrutura de ensino do século XIX, porém com alunos do século XX, o que gera inúmeros problemas, como o alto índice de evasão escolar. Assim, faz-se pertinente avaliar as falhas no modelo de ensino atual e a incompatibilidade da forma de ensino atual e os alunos que recebem-no.       Em primeiro lugar vale destacar a incompatibilidade da sociedade contemporânea e o modelo estudantil. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman: "Vivemos em uma sociedade imediatista", isto é, as atividades necessitam de serem curtas e objetivas. Essa forma de pensar não converge com o ensino, que é regido por normas que foram estabelecidas em uma sociedade na qual não possui mecanismos como a internet. Desse modo, muitos alunos, acostumados à essa nova forma de socialização, não conseguem se adaptar à essa forma padronizada e regrada em que não se utilizam os mecanismos facilitadores que existem.       Outrossim, cabe avaliar a pressão sofrida pelos alunos na escolha da profissão que exerceram após o ensino médio. Além das mudanças comportamentais surgidas na sociedade atual, a quantidade de nichos foram ampliados, entretanto a necessidade de escolher uma profissão para o resto da vida permanece como uma herança. Desse modo, os jovens adquirem uma insegurança em relação à escolha e são influenciados pelo imediatismo e pela opinião das outras pessoas, principalmente os pais, e por conseguinte, resulta em uma grande saída das faculdades.       Fica claro, portanto, a necessidade de uma reforma no modelo educacional existente no Brasil. Nesse sentido, o Ministério da Educação deve criar cartilhas para os professores que orientem-no a tornar-se um facilitador e não um detentor dos conhecimentos, de modo que ele guie os alunos à conseguirem aprender de forma autônoma e ativa, para que a sala de aula torne-se um ambiente dinâmico e prático. Ademais, o Ministério da Educação deve buscar empresas parceiras, como o Descomplica, que possuam vídeo aulas de qualidade e que possam servir como um instrumento adicional que auxilie no processo educacional. Somente assim, existirá uma maior compatibilidade entre a forma de ensino e os alunos e a maior permanência desses nas escolas.