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Enviada em: 25/08/2019

Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, D. João VI criou a primeira universidade do país, a Universidade de Cirurgia da Bahia. Que como de conhecimento geral, o acesso era restrito às pessoas mais ricas. Entretanto, dois séculos se passaram e apesar do acesso ao ensino superior ter se espalhado por diversas camadas sociais, ainda é uma realidade de poucos. Contudo, quando estes conseguem ingressar em universidades e faculdades e, principalmente quando configuram às classes mais baixas, enfrentam desafios para se formar, o que provoca enorme evasão, haja vista que a falta de recursos financeiros e a não identificação com o curso escolhido, são um problema.      A rede pública de ensino do Brasil é precária, comprovada pelo baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o aumento do analfabetismo funcional no país. Com isso, não se é oferecido à maior parte da população,que depende da rede, uma base de qualidade necessária a fim de concorrerem nos vestibulares com aqueles que possuíram melhores condições. Logo, a minoria é contemplada com vagas federais, tendo que se submeterem às universidades particulares, em que terão de trabalhar para estudar, isto associado a possíveis problemas ao longo do curso, como insuficiência financeira para adquirir os materiais necessários e o desemprego,fazem com que muitos abandonam o ensino superior.      Além disso, outro fator forte para a justificação da evasão universitária - que segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), já totalizam 58% nas redes privadas e 44% nas públicas - é a falta de identificação com o curso escolhido. É o que aponta pesquisa divulgada pelo G1, em 2010, 34% das pessoas concluíram a graduação em cursos diferentes dos escolhidos originalmente. Isso se deve principalmente à pressão provocada pela família e sociedade em geral de estar rapidamente em uma graduação, a falta de conquista do curso almejado seja pela concorrência ou pela falta de condição financeira e com isso, acaba por optar pelo curso que consegue passar ou pagar.      Logo, é preciso que medidas sejam feitas. "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com recurso garantido". Assim sendo, cabe ao Governo Federal junto ao Ministério da Educação, transformar a educação da base pública do Brasil, por meio de investimentos e maiores verbas destinadas à contratarem professores mais qualificados e equiparação dos materiais de estudo com os das melhores escolas, para que as pessoas tenham educação excelente desde o fundamental e possam concluir o ensino médio com vagas nas melhores universidades federais, em que não precisarão pagar e receberão auxílios para a manutenção de suas carências. Ademais, cabe também a essa parceria, ceder aos alunos um aprofundamento sobre os principais cursos almejados, por meio de mostras e palestras anuais nas escolas, para que a não identificação no curso seja evitada.