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Enviada em: 15/08/2019

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, isso não passa de uma teoria, visto que os desafios para a diminuição dos índices de evasão universitária estão em evidência – o que explicita a ausência de Políticas Públicas para a formação plena do cidadão.   No Brasil, indubitavelmente, existe medida do governo para assegurar condições justas aos universitários. Pode-se mencionar, por exemplo, a Constituição Federativa vigente no país, cujo objetivo – dentre outros direitos-, é garantir a todo e qualquer cidadão, independentemente de sua natureza, uma formação de qualidade. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.   Contudo, tal ação não é capaz de atenuar, verdadeiramente, os dilemas da evasão universitária no Brasil, pois, devido ao baixo crescimento econômico do país - que além de possibilitar consequências físicas e psicológicas, pode comprometer planos futuros-, o que se observa, na maioria das camadas sociais da nação, são níveis alarmantes de inaptidão de conciliar estudo e trabalho e a dificuldade de inclusão social no ensino superior, motivados, principalmente, pela falta de oportunidades. Percebe-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que, a evasão universitária no Brasil não será atenuada, enquanto o Estado não pautar a educação na responsabilidade de forma que contribua para o convívio em sociedade, afinal “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, diz o filósofo francês Jean-Paul Sartre.   Depreende-se, pois, que há a necessidade de investimentos no Ensino Básico – o que já é assegurado pela lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, por meio do Ministério da Educação, não só contemple os componentes curriculares de Ética e Formação Cidadã, mas também – em parceria com o Ensino Superior-, desenvolva nas universidades, capacitações que habilite os jovens para exercer estágios e receber bolsas destinadas aos estudantes  carentes, com a finalidade de não apenas conscientizar, além de instruir e moralizar, e, por consequência atenuar os desafios da evasão universitária no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios existencialistas.