Materiais:
Enviada em: 16/08/2019

A discussão sobre a evasão universitária tornou-se mais comum no Brasil. Esse fato é reflexo no aumento dos casos de desistências de estudantes, principalmente, nas universidades públicas. Nessa perspectiva, a professora Dyane Brito Reis, UFRB, relata que os principais fatores que contribuem para esse cenário é a dificuldade da adaptação, tendo em vista que muitos alunos escolhem cursos incompatíveis com sua aptidão escolar, como também a falta de recursos financeiros dos estudantes.       A princípio, nota-se que a educação no Brasil é conteudista, nesse sentido, mecanizada. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa a desejar na formação educacional dos jovens brasileiros, os quais, ausentes de uma educação que estimule o pensamento crítico, acabam entrando no ensino superior por uma necessidade imposta por padrões sociais. Desse modo, muitos alunos não se adaptam ao meio, gerando, assim, o abandono do curso escolhido.       Em segundo plano, o posicionamento do Estado também cumpre papel relevante para o aumento nos casos de evasão nas universidades, pois apesar de haver na Constituição Federal, de 1988, o direito à educação, muitos jovens não conseguem dar continuidade ao curso, haja vista que muitos alunos têm que trabalhar para conseguir sobreviver. Por conseguinte, a falta de compatibilidade de horários, entre o trabalho e a faculdade, acaba gerando a desistência dos estudantes.       Fica evidente, destarte, a necessidade que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar com a evasão nas universidades brasileiras. Para isso, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais no ensino médio, como a semana da escolha profissional, com estudo de casos e peças teatrais que conscientizem os jovens sobre a importância de seguir suas aptidões escolares para a escolha do seu curso superior, acabando, assim, com a frustração que muitos estudantes desenvolvem nas universidades, e, consequentemente, com o abandono dos cursos nas faculdades.