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Enviada em: 18/08/2019

Na música "Cota não é esmola", da cantora Bia Ferreira, é evidenciado a realidade de muitos estudantes de classe baixa. Nessa perspectiva, ao trazermos para a realidade, sabe-se que as cotas foram criadas para amenizar as disparidades sociais. Entretanto, é indubitável que elas não impedem que a questão financeira afetem a vida universitária. Logo, percebe-se que a saúde mental em consonância a isso, potencializam diretamente a evasão nas faculdades do Brasil. Dessa forma, é necessário analisar as causas para chegar a uma solução efetiva.      Primordialmente, vale ressaltar que Issac Newton - físico e matemático inglês - disse "Construímos muitos muros e poucas pontes". Por conseguinte, apesar de existir políticas afirmativas na universidade, elas não são suficientes para quebrar as barreiras econômicas. Isso é notório ao ter em vista que os alunos de baixa renda têm que trabalhar e estudar ao mesmo tempo, ao contrário daqueles que possuem uma vida financeira estável. Nesse contexto, o abandono universitário, claramente, torna-se frequente por esses terem que conviver com dois mundos cansativos. Assim sendo, é questionável que isso continue a acontecer no âmbito educacional. Por isso, o governo deve ratificar o seu compromisso com esses estudantes.      Ademais, a existência de processos seletivos para entrar em uma universidade - como o ENEM, FUVEST e UNICAMP - certamente, cria uma pressão psicológica nos jovens. Dessa maneira, depois de aprovados em seus respectivos vestibulares, uma parte deles desenvolvem ansiedade e crises existenciais. Ainda mais, isso somado a vida nas faculdades causam, veemente, a evasão daqueles que não aguentam a pressão exaustiva sobre eles. Desse modo, é inaceitável que esse cenário não seja a exceção, mas sim a regra. Assim, é indispensável a existência de suportes emocionais para esses jovens.       Depreende-se, portanto, que os desafios para diminuir a evasão universitária no Brasil são muitos, mas é inegável que há solução. Sendo assim, é preciso que o MEC - órgão responsável pela educação no Brasil - crie bolsas estudantis com "salários", por meio de seleções por renda, com intuito de atenuar essa problemática. Isso pode ser feito, ao utilizar programas já existentes como o "PROUNI". Além do mais, o governo federal precisa aumentar a quantidade de vestibular por ano, além de disponibilizar psicólogos nas universidades, por intermédio da criação do "ENEM.2", o qual poderia ser feito no começo do ano, e concursos públicos para admitir esses profissionais. Espera-se, com isso, que a pressão diminua e que a ajuda esteja na própria instituição de ensino. Nesse sentido, é imprescindível que não exista apenas medidas para entrarem na faculdade, mas também para mantê-los.