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Enviada em: 18/08/2019

Inadimplência, reprovação, deficiência na aprendizagem. Nenhum desses argumentos deve ser motivo para o aumento da evasão universitária.Em tempos de crise econômica existe uma compreensão de que não há benefícios em obter um diploma e que o esforço, o tempo empregado e o investimento financeiro para lográ-lo é um desperdício. Percebe-se também, que há um choque de realidade quando o jovem sai do ensino médio e ingressa na universidade.É necessário que haja meios de passar por essa fase de transição para que ela seja menos traumática e o ingresso a universidade seja apenas o início de uma nova fase.       A princípio, a maioria das pessoas tem o desejo de ser universitário. Alguns desistem no caminho, pois a necessidade de se sustentar se sobrepões ao sonho acadêmico. Outros, porém, conseguem ingressar em um curso superior mas a permanência torna-se insustentável tendo em vista que os parcos recursos que não o impediram de ingressar no curso superior, agora o tornam impossível. O auxílio financeiro prestado pelos órgãos públicos como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) pode ajudar ao aluno a superar essa fase ruim e permanecer frequentando as aulas.       Além disso, geralmente o aluno do ensino médio não tem certeza de qual profissão escolher. Segundo o grande escritor Ariano Suassuna cursou direito porque "não dava para nada", querendo dizer que não tinha aptidão para grandes coisas. Ter afinidade com números não significa que você será um bom engenheiro, gostar de ler não indica um professor ou advogado por excelência. Além desses fatos apresentados a grade curricular extensa e o nível de exigência dos cursos, desmotiva o aluno. Assim, as reprovações e a desmotivação o encaminham para o abandono acadêmico.       Portanto, sabendo-se que o fenômeno da evasão universitária é complexo é necessário investir desde a base estudantil. Quando há um esfacelamento da universidade concomitantemente o país perde profissionais qualificados. Por isso, a União, através do Ministério da Educação deve estimular a manutenção do graduando na universidade através do incentivo financeiro e intelectual com bolsas de pesquisa. O Ministério do Planejamento, por sua vez, deve garantir os programas de financiamento estudantil para garantir a permanência do estudante/trabalhador conclua a graduação. Somente com investimento financeiro na educação se constrói uma grande nação.