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Enviada em: 19/08/2019

Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos o direito à educação e ao bem-estar social. Contudo, os altos índices de evasão universitária - causados pela vulnerabilidade econômica dos discentes, assim como o déficit de apoio governamental - impossibilita que essa parcela da população usufrua desse direito universal na prática. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de amenizar o impasse.       A princípio, é importante destacar as disparidades sociais e econômicas que permeiam o ambiente universitário. A partir das Revoluções Burguesas, a lógica capitalista implantada na sociedade afirma que, para se obter ascensão social, basta conquistá-la por mérito próprio. Porém, é mister salientar um fator crucial até então posto em segundo plano: a igualdade de oportunidades. Dessa forma, é um erro gravíssimo esperar que, alunos que necessitam de um emprego para se sustentar, tenham o mesmo desempenho em relação àqueles que não precisam; visto que é comum vários estudantes não conseguirem dar prosseguimento ao curso devido à dificuldade em conciliar as horas de estudo com as horas de trabalho.       Ademais, vale ressaltar o desamparo governamental como impulsionador do problema. Segundo dados do Censo da Educação Superior, somente em 2016, 3,4 milhões de alunos de instituições públicas e privadas abandonaram seus cursos de graduação. Tais dados revelam a fragilidade dos atuais programas para a permanência dos alunos em suas graduações. Assim, é preciso tomar providências para resolver o problema, sob a ótica do filósofo Immanuel Kant, o qual afirma que o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele.       Infere-se, portanto, que medidas sejam alcançadas a fim de resolver a inercial problemática. Nesse sentido, é imprescindível que o Ministério da Educação, por meio de verbas governamentais, reforce os programas de apoio estudantil - aumentando o número de bolsas e a estrutura das residências universitárias, por exemplo. Tal ação visa a promover todo o suporte necessário para que o discente possa concluir sua graduação. Dessa forma, o Brasil poderá iniciar o processo para diminuir os índices de evasão universitária.