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Enviada em: 19/08/2019

No período colonial do Brasil, o ensino superior se destinava somente para a nobreza. Na sociedade pós-industrial, apesar do ingresso nas universidades ter sido facilitado, o número de evasões atenta contra o progresso do país. Logo, a problemática segue em inércia, seja pela defasagem teórica dos alunos, seja pelas despesas existentes.   É indubitável que um ensino médio de baixa qualidade acarreta dificuldades na posterior evolução dos estudantes. Segundo Thomas Hobbes, é dever do estado garantir o bem-estar da população. No entanto, os cortes na educação acabam por sucatizar as escolas públicas e reduzir a capacidade de aprendizado dos alunos. Dessa maneira, muitos ingressam nas universidades sem o conhecimento necessário, o que deriva no aumento do número de matrículas canceladas em razão das dificuldades encontradas.   Ademais, as elevadas despesas geradas por um estudante do ensino superior resulta na desistência de muitos. De acordo com dados do INEP, 24% das evasões derivam do setor privado. Nesse contexto, as mensalidades dificultam a permanência dos estudantes de classe média, que acabam desistindo pelo baixo rendimento causado pela tentativa de conciliar estudo e trabalho. Dessa maneira, é notório a continuidade das disparidades econômicas no Brasil, visto que a classe alta apresenta condições de financiar os estudos e assim se manter majoritária no mercado de trabalho.    Fica claro, portanto, que é imprescindível o Ministério da Educação disponibilizar verbas para a melhoria das estruturas das escolas públicas, por meio de reformas e aperfeiçoamento dos professores com cursos gratuitos, a fim de preparar os alunos para a universidade. Sendo relevante, ainda, o Governo Federal aumentar o número anual de financiamentos disponibilizados para estudantes de baixa renda, em busca de reduzir o número de evasões do setor privado. Com essas medidas, será uma questão de tempo o progresso do país.