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Enviada em: 20/08/2019

Hodiernamente, o investimento em educação superior está intimamente atrelado ao desenvolvimento do indivíduo e do meio em que se insere. No entanto, a crescente evasão universitária tem se tornado um grande desafio a ser solucionado, especialmente no Brasil, que perde quantidades alarmantes de alunos no decorrer do curso. Portanto, é imprescindível o combate veemente de suas principais causas, as quais se originam no ensino médio defasado, e falta de perspectivas futuras.             A priori, é crucial salientar que a má qualidade do ensino secundário é fator determinante no processo de abandono do ensino terciário. Isso porque, segundo Censo da Educação 2018, documento disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), as escolas têm formado alunos despreparados para descobrir sua vocação e escolher uma profissão, ou até mesmo incapazes de acompanhar o nível de exigência que uma instituição de ensino superior (IES) demanda. Destarte, conclui-se que o próprio sistema de ensino brasileiro perpetua a problemática, pois ao invés de ser agente impulsionador da cidadania mediante educação, dificulta as ferramentas necessárias para conseguir exercê-la.       Outrossim, é imperioso destacar que a pouquidade de possibilidades do aluno enquanto futuro profissional são preponderantes na renúncia da educação superior. Sob essa ótica, conforme o filósofo idealista Friedrich Hegel, o homem é profundamente moldado pela sociedade e pelo momento histórico em que vive. Diante disso, ao avaliar o cenário brasileiro de incertezas no âmbito econômico, somado à falta de incentivos das IES para manter o aluno engajado e satisfeito com os benefícios que o ensino superior poderia trazer, o estudante tem elencado cada vez mais razões para optar pela desistência do aprimoramento do saber.       Depreende-se assim que medidas de contenção e prevenção sejam tomadas para reverter tal conjuntura. Para isso, é vital que o MEC crie mecanismos de direcionamento profissional, por meio da criação de unidades de aconselhamento e aptidão em escolas, e promova visitas dos alunos do ensino médio às IES, com o fito de estimular uma maior integração entre os níveis de educação. Ademais, o governo deve incentivar parcerias entre empresas e IES, com o objetivo de "escoar" a oferta de profissionais formados; além de fornecer auxílios financeiros, como bolsas de pesquisa e financiamento, e monitorar a satisfação dos discentes e docentes, por intermédio de censos e pesquisas, a fim de assegurar e orientar ferramentas para a permanência do estudante até a conclusão da graduação.