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Enviada em: 20/08/2019

Concluir uma graduação é um sonho para muitos brasileiros que veem nessa formação um futuro profissional bom. No entanto, esse feito tem sido adiado por muitos graduandos pela interrupção dos estudos devido a diversas razões, sendo elas, principalmente, de cunho econômico ou pela insatisfação com o curso escolhido. Nesse sentido, convém discutir mais afundo acerca desse abandono pelos estudantes e de como atenuar esses índices.     Nos últimos trinta anos, inúmeras universidades públicas foram criadas, sobretudo fora das regiões metropolitanas -que antes careciam desses centros de ensino-, atraindo milhares de estudantes. Contudo, apesar do aumento do número de vagas e da descentralização das redes de ensino superior, isso não significou, necessariamente, o aumento proporcional de concluintes em relação aos anos anteriores. Pelo contrário, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Lobo, cerca de um em cada quatro alunos abandonam a vaga na instituição pública, fato alarmante e que onera os cofres do Estado de maneira que pode ser considerada como desperdício.     Ainda assim, no âmbito privado, o índice de evasão é levemente menor, embora sofra sensivelmente com alterações em decorrência das flutuações da economia. Dessa forma, recessões econômicas como a iniciada em 2016 no Brasil, por exemplo, geram desemprego que, por sua vez, ocasiona inadimplência e, por fim, abandono dos estudos. Tal situação é nociva ao futuro do país, o qual necessita, cada vez mais, de profissionais qualificados atuando em seu mercado.     Portanto, para que ocorra a diminuição da evasão universitária, é fundamental o auxílio de políticas públicas. Para tanto, cabe o Ministério da Educação, por intermédio do FIES, programa de financiamento estudantil, possibilitar uma mediação entre estudantes que estão com dificuldades econômicas em certo momento da graduação em pagar integralmente a mensalidade com os centros de educação particulares oferecendo melhores condições de pagamento e negociando com a faculdade para que a mesma se encarregue, provisoriamente, dos custos até o aluno se formar e poder pagar. Além disso, as escolas do ensino médio devem oferecer uma breve experiência dos jovens com o curso superior a partir de matérias introdutórias na grade curricular, a fim de que esses indivíduos percebam suas aptidões em cada área do conhecimento e escolham com mais segurança o que querem cursar futuramente.