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Enviada em: 21/08/2019

Na última década, houve uma majoração significativa do investimento feito pelos Governos Federais no ensino superior. Foram criadas milhares de vagas nas universidades federais e implementadas cotas sociais e raciais. Outrossim, os programas de financiamento estudantil voltados para as populações mais pobres permitiram que as camadas que ao longo da história tiveram pouco ou nenhum contato com o ensino superior tivessem um maior acesso a universidades privadas. Contudo, a permanência na universidade é duplamente ameaçada: falta suporte financeiro aos estudantes e há poucas perspectivas de trabalho após a graduação.       De início, vale ressaltar que os altos índices de evasão universitária são, em grande medida, causados pela falta de meios materiais de manter-se estudando. Isso aliado ao desemprego crescente que o país enfrenta faz com que muitos estudantes abandonem as salas de aula, pois a assistência estudantil que recebem é insuficiente para arcar com as despesas necessárias.      Além disso, o mercado de trabalho brasileiro é pouco motivador. Segundo o IBGE, desde 2014 apresenta a cada ano menos postos de trabalho e oferece salários sempre menores.  Destarte, muitos potenciais alunos do ensino superior sentem-se compelidos a buscarem formações mais superficiais e mais rápidas para um ingresso imediato no mercado laboral em detrimento da formação acadêmica.       A minoração dessa problemática passa, portanto, pela ampliação da assistência estudantil e pelo fomento da indústria nacional. Para tanto o Governo Federal deve, por lei ou decreto, ampliar a assistência estudantil dos alunos mais carentes, evitando sua evasão. Ademais, o Governo Federal deve fomentar as cadeias produtivas nacionais por meio de incentivos fiscais àqueles empresários que empregarem recém egressos das universidades do país em atividades relacionadas a sua formação. Desse modo, os índices de evasão universitária certamente diminuirão.