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Enviada em: 21/08/2019

A evasão universitária é um dos principais problemas do sistema educacional brasileiro. Ela afeta tanto os alunos por uma possível perda do potencial intelectual e consequente desemprego no futuro, quanto as proprias universidades que vêem seu planejamento e reputação prejudicados. Nesse sentido, é importante analisar causas como a falta de recursos financeiros e a insatisfação com o curso escolhido.    No contexto da crise financeira do Brasil, pode-se fazer uma ligação do desemprego com a falta de dinheiro para ingressar e se manter em uma faculdade. Nas particulares, além da mensalidade, há todo o custo diário como alimentação, transporte e o material exigido. Em Odontologia por exemplo, este pode chegar a oito mil reais em um único período. Assim, ainda que em faculdade pública ou com bolsa integral, o aluno  de baixa renda tem a dificuldade de sustentar os gastos extras durante os anos de curso.   Há  de se analisar também, a insatisfação com as matérias causada pela falta de direcionamento vocacional no Ensino Médio. É comum, por exemplo, a pessoa gostar de matemática e física e acreditar que deve seguir uma profissão na área de Exatas mas no decorrer da graduação, perceber que  fez a escolha errada. Ou ainda, por pressão, escolhe seguir carreira dos pais e prestes a se formar, decide abandonar e enfrenter o vestibular novamente.    Portanto, a fim de diminuir a evasão universitária, é interessante que as próprias instituições baseando-se no histórico acadêmico - boas notas, frequencias nas aulas - oferecem alternativas aos estudantes com dificuldade financeira por meio de bolsas, empréstimos e aumento do prazo de pagamento. Assim, o aluno consegue concluir os estudos e com gratidão pela ajuda, indica à novas pessoas. Também é válido que as faculdades permitam maior acessibilidade às grades curriculares antes do ingresso, com material ou permissão para assistir algumas aulas antes de concluir a matrícula. E ainda, podem facilitar a transferência interna no decorrer da graduação. Com estas medidas, é possivel que o número de evasão e o consequente desemprego de adultos com ensino superior incompleto ou até mesmo frustrados com a profissão, seja cada vez menos frequente. Podendo assim, vivermos a realidade de um Brasil com bons profissionais alocados no mercado de trabalho, movimentando a economia e desenvolvimento do nosso país.