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Enviada em: 22/08/2019

Em 2014, o governo aprovou o Plano Nacional de Ensino que estabelece metas para a educação brasileira até 2024. Umas dessas metas é o aumento da taxa de matrículas de jovens na universidade. Porém, em contrapartida com a meta a ser cumprida, tem-se o aumento da evasão universitária. Esse fenômeno tem como principais causas a falta de assistência e recursos para os jovens, além da incapacidade de conciliar estudo, família e trabalho.  Segundo Kant: " o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Sendo assim, é notável que o acesso ao conhecimento influi e até determina o que a pessoa será por toda a vida. Baseado nisso, fica claro o motivo de muitos jovens terem o sonho de ingressarem na faculdade. No entanto, muitos daqueles que já se encontram nas instituições de ensino superior têm desistido dos estudos, devido a, por exemplo, falta de recurso e assistência para aqueles que são de baixa renda. Isso porque, no caso das faculdades públicas, não pagar mensalidades não é o suficiente, pois existem outras despesas como transporte, alimentação e livros, que o estudante não tem condições de suprir e com isso acaba abandonando o curso. Além disso, muitos entram na faculdade mais velhos e não conseguem conciliar trabalho, estudos e família, o que leva a desistência. Tal fato é evidente em pesquisa feita pelo Panorama do Ensino Superior Privado do Brasil que mostra 23% de evasão no ano de 2016. Outro aspecto que deve ser analisado é que muitos dos estudantes trabalham para pagar a própria mensalidade, o que muitas vezes se torna inviável, já que têm outras despesas prioritárias em sua vida, como os gastos com a família e os filhos. Por conseguinte, abandonam os seus sonhos por falta de recursos financeiros e falta de capacidade psicológica que tal rotina exige.  É imprescindível, portanto, que medidas sejam tomadas para diminuição da evasão  universitária no Brasil. O Ministério da Educação deve criar um programa que forneça uma renda extra à jovens de baixa renda das instituições públicas. Isso servira para amparar o jovem que não tem condição de se manter na faculdade. Ademais, é necessário o aumento da concessão de crédito nas instituições privadas, com a ampliação do FIES. Assim, espera-se que tal situação não componha mais a realidade das universidades brasileiras e que as metas do Plano Nacional de Ensino sejam alcançadas.