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Enviada em: 24/08/2019

Ao afirmar em sua renomada canção, "O tempo não para", o poeta Cazuza, faz uma comparação entre o futuro e o passado. De fato, ele estava certo, pois os desafios da evasão universitária no Brasil não é um problema atual. Desde o reinado de Dom João, com a criação das universidades, a deserção do estudante já era comum, pois as instituições eram, em grande parte, elitistas. De mesmo modo, na contemporaneidade, as dificuldades ainda persistem, devido aos problemas financeiros que rodeiam os alunos, que causa a necessidade de intercalação entre trabalho e estudo, dificultando o conciliamento dos horários.   Convém ressaltar, a princípio, que os custos das mensalidades das universidades privadas são incompatíveis com a realidade do aluno, pois este não possui uma renda que supra o valor estimado pelas instituições.Os problemas financeiros retém boa influência na evasão das instituições, pois além do preço alto das mensalidades, a luta pelo sustento da família e custear os estudos são outros dois agravantes importantes que não podem ser ignorados, pois levam muitos a trancar a matrícula. Além disso, dados fornecidos pelo Ministério Da Educação(MEC), apontou que em 2014 cerca de 49% dos estudantes abandonaram o ensino superior, esta pesquisa dá ênfase às dificuldades que os indivíduos possuem para concluir os cursos. Portanto, urge medidas para a melhoria do atual cenário.    Por conseguinte, motivados pelo preço alto que precisam investir nas faculdades, muitas pessoas têm que alternar entre trabalho e estudo, o que gera dificuldades de conciliamento dos horários. Segundo o filósofo Pitágoras, "Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo bem feito", entretanto, contrariando este pensamento, a incompatibilidade de horários impossibilita que os alunos consigam fazer ambas as coisas ao mesmo tempo. Segundo dados de um estudo realizado pelo site G1, 20% dos cidadãos alternam entre a vida acadêmica e a de trabalhador assalariado. Isso significa, portanto, a carência de tempo presente nos cidadãos, de modo que necessidade de ganhar dinheiro é mais forte que a vontade de concluir a universidade, o que leva o estudante a desistir do curso.     Fica claro, portando, que as dificuldades econômicas e a conciliação entre trabalho e a vida acadêmica são vetores que levam à evasão dos universitários das faculdades. Portanto, para diminuir o índice de abandono no ensino superior, a universidade deve realizar ofertas de financiamento, bolsas e descontos, por meio do diálogo com o aluno, onde este possa revogar o seu direito de possuir crédito estudantil, que possibilita o estudante possuir até 100% do curso pago. Então, assim será possível a atenuação do impasse, e as chances de conclusão do ensino superior será ainda maior, desvinculando a imagem de elitismo que as faculdades possuíam no passado.