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Enviada em: 27/08/2019

A evasão universitária é um fenômeno danoso que atinge instituições de ensino superior (IES) no Brasil. No entanto, seus desdobramentos vão muito além do campus e da vida acadêmica. Nesse ínterim, observa-se a perda substancial de potencial intelectual, financeiro e social como consequência da falta de recursos e assistência aos alunos.                         A priori, segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a taxa de evasão para as IES privadas fica em torno de 25%, enquanto que, em relação às IES públicas, esse índice é de aproximadamente 15%. Nesse contexto, percebe-se que a crise econômica no país e a inadimplência são prováveis responsáveis pelo crescimento das desistências, pois é complexo conciliar o estudo com o trabalho e uma rotina familiar. Desse modo, o aluno tem que rever suas prioridades e escolher entre estudar ou trabalhar, e muitas as vezes não tem nem alternativa, visto que precisa se sustentar.                                   Sob esse viés, mesmo na rede pública, a falta de assistência estudantil também torna difícil para estudantes de baixa renda familiar continuarem a estudar. Nesse sentido, a falta de preparo para receber alunos especiais dificulta a inclusão social no ensino superior e pode levar à desistência desses estudantes. Na prática isso significa que, por motivos que vão do despreparo para acompanhar as aulas à falta recursos para continuar a frequentar a faculdade e desinformação na opção por uma carreira profissional, os alunos das universidades públicas estão levando mais tempo para se formar ou desistem antes mesmo de terminarem.                 Destarte, discute-se medidas para controlar e reverter taxas de evasão universitária. Para tanto, cabe ao MEC possibilitar que os universitários possam escolher sua área de especialização depois que tenha contato com todas as disciplinas do curso. Outra medida é aprimorar o processo seletivo nas universidades, levando em conta o perfil social e emocional dos ingressantes, a fim de diminuir as taxas de evasão e permitir ao aluno um maior engajamento em sua profissão escolhida.