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Enviada em: 29/08/2019

Na Grécia antiga, a educação e formação moral e científica eram prioridade, sendo assim, de cunho integral, para os mais ricos, que para alcançar o status de dedicação integral, mantinham escravos, encarregados do trabalho bruto que mantinha as cidades estado funcionando. No Brasil, a aplicação total à universidade é, em contraste à Grécia antiga, um desafio, principalmente para a parcela de universitários com carência financeira, que tentam conciliar os custos financeiros e psicológicos da vida adulta com os estudos. Dessa maneira, aliar os estudos a um ou mais empregos é comum entre estudantes, entretanto, não raro o cargo profissional sobrepõe o educacional, o que ocasiona evasão universitária. Primordialmente, no Brasil, assim como na Grécia antiga, o nível de escolaridade está ligado à condição socioeconômica. Assim como o estudo de comparação da escolaridade de pais e filhos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra, pais com diploma superior e fundo econômico estáveis têm 69% de chance de garantir à conclusão do curso superior do filho, enquanto os não escolarizados, apenas 4%. Além disso, universitários de baixa renda enfrentam a pressão psicológica exercida no âmbito familiar através da demanda de sucesso profissional imediato. Logo, o fundo social e psicológico familiar influenciam diretamente, na evasão colegial. Outrossim, a necessidade de renda financeira para a supressão de necessidades básicas como moradia, alimentação, transporte e custos educacionais, em universidades públicas ou privadas, instiga a continuação do curso universitário. O seriado sul coreano "Idade da juventude" retrata, recriando a jornada diária de estudantes universitários que têm mais de um emprego com o objetivo de bancar os estudos e as necessidades básicas, uma rotina exaustiva de trabalho, semelhante à de alguns brasileiros, que desistem do cursos por conta da sobrecarga. Platão, considerado o primeiro pedagogo por historiadores, acreditava que a educação era a base de tudo, ao defender o ensino harmônico e integral. Portanto, a falta de amparo psicológico e financeiro familiar, aliada à sobrecarga exercida pelo revezamento entre empregos integrais e estudos, são fatores nocivos que convergem na evasão universitária brasileira. A fim de melhor preparar ,psicologicamente e financeiramente, pré universitários, para que no futuro não optem pela desistência acadêmica, o Ministério da Educação deve oferecer gratuitamente e definir obrigatórios, para estudantes de baixa renda, que desejam ingressar em universidades públicas ou particulares, cursos presenciais e à distancia, com os temas, economia, finanças e convivência familiar.