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Enviada em: 08/09/2019

Em 1998, foi criado o Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM), uma prova com o objetivo de avaliar o conhecimento dos alunos secundaristas.A prova se apresentou como uma alternativa mais econômica para o ingresso ao nível superior em comparação aos vestibulares tradicionais. Através da avaliação única do ENEM, é possível aplicar a nota para diversas universidades do Brasil.Contudo, apesar dessa ferramente de ingresso às faculdades, devido ao frágil cenário econômico da Nação e da escolha de cursos não desejados, muitos estudantes abandonam as universidades.    Primeiramente é preciso analisar como a crise do desemprego contribui para o fenômeno da evasão universitária. Segundo dados do IBGE, 13 milhões de brasileiros se encontram desempregados e, desse número, 7% corresponde a universitários formados. O que esse censo expõe é que, diferente de antigamente, concluir a faculdade já não garante mais o ingresso ao mercado de trabalho. Como consequência desse fato, muitos jovens trancam suas matrículas para buscar empregos e garantir seu sustento, uma vez que ter um diploma se tornou um dispêndio de tempo e não mais certeza de sucesso profissional.     Por outro lado, o número de jovens que manifesta vontade de trocar de curso também é relevante. Uma pesquisa levantada pelo G1 aponto que 21% dos estudantes que deixam a universidade o fazem por não desejarem seguir carreira no curso em que estão. As causas para tal decepção pode derivar de pressão familiar, quando os pais incentivam seus filhos a seguir o que eles, pais, gostariam, além da falta de conhecimento por parte dos jovens de outras áreas que poderiam ser de maior agrado.     Diante de tal situação, é necessário que o Ministério da Educação desenvolva um projeto de orientação profissional em todos os anos de ensino médio. Tal medida consistiria em palestras com representantes de diversas áreas do conhecimento a fim de expor aos alunos a realidade de suas carreiras e torná-los conscientes dos caminhos que podem seguir após a universidade. Além disso, o Ministério da Economia deve incentivar programas de assistência estudantil, isto é, agente capazes de fornecer bolsas para que os estudantes não precisem escolher entre continuar na faculdade ou garantir seu sustento. Somente dessa forma será possível proteger o Ensino Superior desse preocupante fenômeno de evasão universitária.