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Enviada em: 18/10/2019

Nos dias atuais, vê-se que os desafios para se combater a diminuição dos índices de evasão universitária no Brasil são vários. Dentre eles destacam-se a má qualidade do ensino básico público e a falta de recursos financeiros. Nesse sentido, faz-se necessário a reversibilidade do cenário em questão, para que a educação cumpra com o seu papel de agente de transformação social.       Em primeiro lugar, é válido mencionar que muitos jovens saem do ensino básico com pouca base de conhecimento. O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em 1988, avalia e qualifica os alunos aptos para ingressarem nas instituições de graduação. No entanto, esse modelo é deficiente, porquanto ao saírem do ensino público e não conseguirem ingressar nas universidades públicas, esses jovens recorrem as faculdades privadas. Logo, é notório o efeito nocivo dessa prática, uma vez que não seleciona os indivíduos da educação pública.        Por outro lado, vale ressaltar que a estruturação financeira é um fator importante para o aluno conseguir concluir o curso. Segundo o filósofo Pierre Bourdieu, a violência simbólica é aquela em que o indivíduo sofre opressões psicológicas e morais. Sendo assim, o estudante pagante, ao precisar trabalhar para arcar com as despesas do curso e dispor de menos tempo para dedicar-se aos estudos, é oprimido no ambiente estudantil. Portanto, é perceptível que a evasão universitária é fomentada pela desigualdade social.       Dado o exposto, para que a educação seja um agente de transformação social, é necessário que medidas sejam tomadas. Essas ações devem ser realizadas pelo Poder Legislativo, concomitantemente ao MEC. Nessa perspectiva, é necessário o investimento em infraestrutura nas escolas, bem como a contratação de mais professores para atender a demanda e  as especificidades de cada aluno. Outrossim, as universidades públicas deve ofertar mais vagas aos alunos advindos de escolas públicas. Por conseguinte, ao atingir-se a equidade a evasão poderá ser superada.