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Enviada em: 20/01/2019

Na conjuntura contemporânea, observa-se a preocupação em fornecer educação para a comunidade indígena e promover a valorização da sua cultura. Esse cuidado pode ser notado na Constituição Federal de 1988 que contempla o direito da educação especial. Entretanto, a educação diferenciada não alcança toda população indígena, tendo como empecilho a falta de material didático apropriado e professores qualificados. Nesse contexto, fica evidente que medidas são necessárias para ampliar o alcance da educação indígena. Em primeira instância, vale ressaltar que o material didático tem como objetivo melhorar a aprendizagem. Por isso, esse material comtempla a língua nativa da comunidade e exemplos que refletem o seu cotidiano. Porém, de acordo com o Censo Escolar de 2015 realizado pelo MEC, apenas 50% da população indígena possuem material didático em sua língua. Esse dado expõe a dificuldade enfrentada pela comunidade indígena que é submetida a aprendizagem em outro idioma e com exemplos "urbanos". Em segunda instância, é imprescindível que o professor fale a língua nativa do povo em questão e entenda a sua cultura. Formar professores qualificados é uma tarefa complexa. Em decorrência disso, o número de professores não suprem todas as comunidades indígenas. Porém, o MEC desenvolveu o Programa de Formação Superior e Licenciatura Indígenas (Prolind) com o objetivo de aumentar o número de professores indígenas no país. Em síntese, a inclusão da educação indígena deve ser expandida para atender toda a comunidade. Com esse objetivo o MEC poderia formar uma equipe especializada em línguas indígenas e representantes das etnias para produzir o material de apoio que atenda a todas etnias indígenas. Além disso, o MEC poderia ampliar os programas de incentivo a formação de professores indígenas e aumentar o número de vagas reservadas para indígenas nas Universidades Federais e Estaduais.