Enviada em: 19/01/2019

No ano de 1500, ao chegar no que hoje é o Brasil, Pedro Alvares Cabral e sua tripulação encontraram os habitantes naturais dessa terra, os índios. Após séculos de dominação portuguesa, a população indígena foi praticamente dizimada, restando uma pequena fração de índios em todo território nacional. A educação desses povos requer bastante sensibilidade, organização e cuidado principalmente perante a questão cultural.       A constituição federal de 1988, assegura aos povos indígenas uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural e bilíngue, sendo de competência do MEC a sua coordenação. Para garantir esses direitos, os índios contam com a atuação da FUNAI( Fundação Nacional do Índio), a qual cabe a tarefa de solucionar os desafios de educar essa população.       De início, a FUNAI deve garantir que os índios possuam em seu projeto pedagógico de educação questões como territorialidade, sustentabilidade e patrimônio natural, para que eles ajudem a garantir a proteção de suas terras. Ademais, falando especificamente de ensino fundamental, é de suma importância que temas como línguas maternas e interculturalidade sejam abordados e incentivados.       Passando para o ensino médio, segundo a FUNAI, o número de estudantes indígenas está caindo, devido principalmente a falta de escolas nas aldeias e dificuldade de deslocamento para as cidades, já que muitas tribos ficam localizadas em locais de difícil acesso.       No ensino superior, a maior dificuldade é de manter o indígena no seu local de estudo, por isso, para minimizar esse problema a FUNAI criou o Bolsa Permanência, o qual paga um valor de 900 reais mensal para o estudante permanecer fora de sua aldeia.       Ao analisar os fatos expostos, percebe-se que ainda há muito a ser melhorado no que tange a questão da educação indígena, contudo, com planejamento, investimento em infraestrutura e capacitação de profissionais, com certeza esses povos terão uma melhor educação e assim sua cultura e memória estarão resguardadas.